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População revoltada incendiou casas de indígenas da etnia tupinambá (Foto: Macuco News)

Guima Barreto, prefeito de Buerarema, cidade no sul da Bahia onde índios e produtores rurais se enfrentam por terras, falou nesta nesta quinta-feira (12) sobre as interferências do conflito na vida da população. O gestor fala sobre “clima de tensão” e afirma que uma reunião com entidades envolvidas está prevista para o próximo dia 23 de setembro, em Salvador.

“O clima está feio e as invasões continuam. Na verdade, não teve demarcação de terras em Buerarema. Estamos diante da possibilidade de uma guerra civil porque os fazendeiros ameaçam fazer ‘justiça’ com as próprias mãos e isso não pode acontecer. Estaremos em Salvador dia 23 com representantes de todos os envolvidos, além do Governo do Estado e do Ministério da Justiça”, afirma Guima Barreto.

O G1 entrou em contato com o Ministério da Justiça e com o Governo da Bahia, mas não conseguiu confirmar a reunião em Buerarema.

O conflito
A localidade conhecida como Serra do Padeiro, entre Buerarema, Una e Ilhéus, é alvo de disputa entre índios e fazendeiros. De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), indígenas estão ocupando fazendas na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, que pertence aos índios Tupinambás.

“Eles [os índios] contratam pessoas e elas se vestem de índio, e vão atirando, tocando fogo nas propriedades. Eles [os fazendeiros] estão vivendo um terror. Eles moram lá e não têm pra onde ir. Isso é terror mesmo”, apontou Luis Uaquim, presidente da Associação dos Pequenos Produtores. (G1)

 

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