Estadão Conteúdo
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Foto: Divulgação

O real também sofreu com o esquema internacional de manipulação das taxas de câmbio que envolveu seis dos maiores bancos globais e resultou em multas que superam os US$ 5 bilhões. Desconhecida até agora, a influência sobre a moeda brasileira foi revelada no acordo final entre autoridades dos Estados Unidos e o britânico Barclays. O documento fala em “conspiração” e cita que havia boicote aos corretores nacionais para aumentar o poder de fogo do esquema de manipulação de preços. Documento do órgão supervisor do Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (DFS) mostra que negócios com a moeda brasileira em 2009 foram alvo da ação de operadores que queriam influenciar preços para aumentar lucros. “Operadores de câmbio envolvidos no mercado entre o dólar dos Estados Unidos e o real do Brasil conspiraram juntos para manipular os mercados”, diz o termo de compromisso de cessação de prática (consent order, em inglês) que envolve o Barclays. O termo foi assinado na terça-feira (19), pelo conselheiro geral do banco britânico, Robert Hoyt. A investigação analisou especialmente negócios realizados entre 2008 e 2012 e afirma que a manipulação com a moeda brasileira usava procedimentos mais diretos que os adotados em outros mercados, como o que negocia euros. Segundo a autoridade norte-americana, operadores concordavam em boicotar corretores locais para reduzir a competição. Com menor concorrência, seria mais fácil influenciar a oscilação dos preços no mercado. 

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