Eduardo Cunha Foto Luis Macedo  Camara dos Deputados

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira | Foto: André Coelho / Agência O Globo

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) rompeu formalmente suas relações com o governo federal nesta sexta-feira (17). Durante pronunciamento, Cunha argumentou que a citação de seu nome durante delação da Operação da Lava Jato, da Polícia Federal, foi “orquestrada”. “Estou certo que é uma orquestração e tem a participação do governo. […] Eu, formalmente, estou rompido com o governo. Politicamente estou rompido”, disse Cunha. O presidente da Câmara acusou, ainda, o procurador-geral da República Rodrigo Janot de agir para ser reconduzido ao cargo e se disse vítima de uma “devassa fiscal”. “O tipo de devassa fiscal de cinco anos que estão fazendo não é normal, é um constrangimento a um chefe de governo, não é possível o governo usar a máquina contra alguém que eventualmente se posicione contra ele”, criticou. De acordo com O Globo, o peemedebista disse que já comunicou sua decisão ao vice-presidente da República, Michel Temer, e também ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e que os dois respeitam sua decisão. Cunha afirmou ainda que seu rompimento é com o governo, mas não com Temer, e cobrou que o vice-presidente deixe imediatamente a coordenação política do governo. Cunha também defendeu que o PMDB rompa com o PT. “Eu vou tentar que meu partido vá para a oposição”, declarou.

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