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Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Condenado a mais de 29 anos de prisão na Operação Lava Jato, o ex-deputado federal Pedro Corrêa acusou o ministro baiano do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, de ter assumido o cargo após negociação para garantir a absolvição do então deputado federal José Janene (PP-PR). Tudo aconteceu durante o processo do mensalão, em 2006. No acordo já homologado pelo ministro Edson Fachin, Corrêa conta que Janene fechou um esquema com as lideranças partidárias para que apenas os ex-deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ) e José Dirceu (PT-SP) fossem cassados, mas o plano saiu do controle e o próprio Corrêa perdeu o posto na Câmara. Segundo informações de O Globo, o delator afirmou que, por conta disso, Janene decidiu adiar o processo de cassação e apresentou atestados médicos da doença cardíaca que, em 2010, seria a causa de sua morte. “No caso, o PFL votaria a favor de Janene e os partidos PP, PTB, PL (além de outras siglas menores) votariam pela nomeação de Cedraz”, delatou. Assim, em 6 de dezembro de 2006, Cedraz foi eleito para o TCU com 172 votos e Janene conseguiu se manter na Câmara. Corrêa citou ainda irregularidades cometidas pelo filho de Aroldo, Tiago Cedraz, que acusou de ser um dos operadores do ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP-BA), no recolhimento de propina. De acordo com a publicação, ele relatou que Aroldo tinha postos de gasolina no Ceará e na Bahia “provavelmente em nome do filho” e que Tiago, por sua vez, também se aproveitou do cargo do pai, que chegou a presidir o TCU. À publicação, Tiago respondeu que o depoimento de Corrêa se trata de “uma história fantasiosa e risível” e “uma absoluta loucura”. Já Aroldo não se pronunciou sobre o assunto.

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