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Por O Globo

Foto: Agência Petrobras

Foto: Agência Petrobras

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nesta quarta-feira (30) a venda da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, para a francesa Chevron por US$ 562 milhões, cerca de R$ 2 bilhões. A unidade – alvo da Operação Lava-Jato – tem capacidade de processar 110 mil barris por dia. A venda de Pasadena é o desfecho de um projeto cercado de irregularidades que causaram um prejuízo milionário à estatal, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU) . A Petrobras comprou, em 2006, uma fatia de 50% na refinaria da belga Astra Oil por US$ 360 milhões. O valor era bem superior ao pago, um ano antes, pela belga Astra Oil para ficar com toda a unidade: US$ 42,5 milhões. Os gastos com a refinaria aumentariam anos depois, quando a Petrobras se desentendeu com a Astra, e uma decisão judicial a obrigou a comprar a participação da sócia. No total, Pasadena custou à Petrobras US$ 1,18 bilhão, cerca de R$ 4,4 bilhões no câmbio de terça-feira (29). O caso ganhou repercussão nacional porque a compra foi realizada quando a ex-presidente Dilma Rousseff, então ministra-chefe da Casa Civil, era presidente do Conselho da Petrobras. O negócio fazia parte de uma estratégia da Petrobras de se internacionalizar no mercado de combustíveis e Dilma disse ter dado o aval ao negócio baseada em um resumo executivo falho apresentado pelo ex-diretor Internacional Nestor Cerveró, um dos primeiros executivos da estatal presos na Lava-Jato. À Justiça, Cerveró disse que Dilma sabia de todos os detalhes do negócio , que envolveu a arrecadação de propina para políticos. Ela sempre negou.

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