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Por G1 Rio

Foto: Reprodução/GloboNews

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Sérgio de Castro Oliveira, apontado como operador do ex-governador Sérgio Cabral (MDB) na organização criminosa revelada pela Lava Jato, detalhou como eram feitos os supostos pagamentos de propina a Luiz Fernando Pezão (MDB). As acusações estão em um dos documentos da colaboração premiada feita ao Ministério Público Federal e homologada pela Justiça Federal. Pezão, que sucedeu Cabral no cargo, nega as denúncias. Serjão, como era conhecido, foi assessor parlamentar de Cabral na década de 90 e é apontado pelos investigadores da Lava Jato como operador financeiro do esquema. Ele diz que fez as entregas de 2008 até 2013. No início, eram R$ 50 mil, diz. O valor teria aumentado depois que Pezão, então secretário de Obras, passou à pasta de Infraestrutura. “Neste período (2011), o valor passou a ser R$ 100 mil por mês. No terceiro ou quarto mês em que recebeu R$ 100 mil, o Pezão falou que estava preocupado em andar com tanto dinheiro na sua pasta.” A partir daí, relata o delator, metade do valor teria sido entregue ao dono de uma empresa com a qual Pezão tinha contatos. Essa rotina teria se mantido por seis meses até Pezão voltar a pedir a entrega integral. As acusações fazem parte da Operação Boca de Lobo, que levou Pezão à prisão no fim de 2018. No último mês de dezembro, o ex-governador foi solto por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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