Os policiais civis presos durante operação do Ministério Público e da Corregedoria da Polícia Civil recebiam até R$ 300 mil de propina de traficantes por ano. A informação foi confirmada pelo Ministério Público, após coletiva de imprensa na sede da SSP (Secretaria de Segurança Pública), na tarde desta segunda-feira (16).

Até as 16h de hoje, sete policiais já haviam sido presos. Destes, dois são delegados. Segundo o MP, foram expedidos pela Justiça 13 mandados de prisão, que devem ser cumpridos ainda nesta segunda-feira. Das 13 ordens judiciais, onze são contra integrantes ou ex-integrantes do Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos). As outras duas são referentes a policiais da cidade de Campinas. 

Um dos delegados detidos é o supervisor da unidade de investigações do Denarc, Clemente Castilhone Junior. Segundo seu advogado, João Batista Augusto Filho, não foi informado o motivo da prisão.

Os policiais investigados são suspeitos de roubo, corrupção e extorsão mediante sequestro. De acordo com o promotor Amauri Silveira Filho, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) de Campinas, durante diferentes momentos da investigação houve vazamento de informações.

— Desde que a investigação foi instaurada, houve vários tipos de vazamento. Houve uma intervenção de pessoas ligadas ao fatos, de pessoas estranhas aos fatos. Como é uma investigação que versou sobre várias pessoas, de órbitas diferentes e alguns fatos de relevo, alguns fatos graves foram detectados,  as informações referentes ao trabalho circulavam de maneira rápida, infelizmente. Mas o Ministério Público, a corregedoria e, principalmente, a Secretaria de Segurança, conseguiuram contornar todas as situações, de maneira a permitir que o trabalho pudesse seguir seu curso.

Durante esta manhã, promotores realizaram buscas dentro da sede do Denarc por cerca de quatro horas. (Estadão)
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