mina c1 santaluz

Ativos da mina C1 Santaluz poderão ser vendidos separadamente pela Yamana, de acordo com artigo publicado no portal Seeking Alpha

A Yamana Gold informou, na semana passada, que vai separar alguns de seus ativos no Brasil e na Argentina para criar uma nova empresa. A formação da nova companhia, denominada Brio Gold, pode ser uma estratégia da Yamana para vender os ativos ou para procurar financiamento para desenvolver as minas que vão integrar a nova subsidiária, de acordo com artigo publicado pelo portal Seeking Alpha. 

A Brio Gold será formada pelas minas brasileiras Fazenda Brasileiro e C1 Santaluz, na Bahia, e Pilar, em Goiás, além do projeto de cobre e ouro Água Rica, na Argentina. A possibilidade de que a Yamana esteja interessada em vender os ativos seria devido à sua dívida, que não é alta em relação a outras empresas do setor. A estimativa é de que as minas valham cerca de US$ 97 milhões.

No terceiro trimestre deste ano, a mineradora reconheceu uma depreciação de US$ 668,3 milhões referente às minas C1 Santaluz, Ernesto/Pau-a-Pique e Pilar, todas no Brasil, devido a uma desvalorização no valor dos ativos. Em relatório referente ao período de julho a setembro, a Yamana disse que a recuperação de ouro em C1 Santaluz seria inferior ao previsto devido à quantidade significante de carbono no minério. A mina está paralisada e em manutenção desde agosto. 

De acordo com informações do portal Seeking Alpha, os ativos que vão integrar a Brio Gold foram comprados pela Yamana em 2011, quando os preços do ouro estavam acima de US$ 1,5 mil por tonelada. Dessa forma, com os preços atuais de aproximadamente US$ 1,2 mil por tonelada, as minas seriam menos rentáveis. A dificuldade para desenvolver esses ativos seria um dos motivos para que a Yamana considerasse vendê-los. Os planos atuais da mineradora não estão claros, tendo em vista que nenhuma estratégia foi divulgada, mas pelo fato de a Yamana ter gastado muito dinheiro com a aquisição da mina Canadian Malartic junto à Agnico Eagle Mines por US$ 3,9 bilhões, neste ano, e com os preços do ouro mais baixos nos últimos meses, a mineradora pode reavaliar esses ativos para poder diminuir seus custos globais operacionais.

Redação Notícias de Santaluz

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