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Fernanda Trajano Bogue realizou diversas atividades extracurriculares para garantir vagas em universidades internacionais | Foto: Arquivo pessoal

Uma jovem de apenas 20 anos foi aprovada em sete universidades internacionais, sendo cinco nos Estados Unidos e duas na Coreia do Sul, e planeja estudar no país asiático ainda neste ano. Fernanda Trajano Bogue concluiu o Ensino Médio em uma escola da rede estadual de São Paulo, em 2019, e desde então se dedica ao sonho de cursar administração de negócios fora do Brasil.

Ao g1, a jovem, que também é professora de inglês, relata que a trajetória até as diversas aprovações não foi simples. Para garantir uma vaga e uma bolsa de estudos que possibilitassem a ida para outro país, precisou estar no ranking dos melhores alunos de sua antiga escola, realizar diversas atividades extracurriculares, enviar cartas de recomendação de seus professores às instituições internacionais e ainda se sair bem em entrevistas e provas na língua inglesa.

Tudo começou ao sentir que “faltava alguma coisa” em sua vida, em 2020, logo após concluir o Ensino Médio. Inicialmente, ela fez contato com universidades norte-americanas, mas, por questões financeiras, não pôde ingressar mesmo com as bolsas oferecidas. A procura pela Coreia do Sul aconteceu neste ano e, no último dia 7 de junho, recebeu a notícia de que havia ganhado uma vaga e uma bolsa de estudos de 80% no valor do curso na Solbridge International School of Business.

“Eu falava com meus pais sobre estudar fora, e eles respondiam que era impossível, que não tinham dinheiro. Brincavam até que eu tinha ‘sonhos de pessoas ricas’. Mas sempre quis isso para a minha vida”, contou.

O processo

Durante o programa, Fernanda Bogue entrevistou Chelsea Clinton, filha do ex-presidente norte-americano Bill Clinton | Foto: Arquivo pessoal

Fernanda explica que os processos seletivos em que foi aprovada são diferentes dos propostos no Brasil. “Aqui, temos o Enem, por exemplo. Para eles [das universidades estrangeiras], você tem que ser bom em todas as áreas. Precisa escrever uma redação sobre a sua história, com o motivo de estudar lá. Me perguntaram até o que eu desejava fazer após conquistar o diploma”.

A jovem ressalta também a necessidade de fazer a diferença fora da sala de aula. Para ela, as atividades extracurriculares são essenciais para a aprovação. “Focam muito na questão de liderança. Não é suficiente apenas tirar nota boa na escola, tem que ser muito mais que isso”.

Conforme reportado pelo g1 em outubro de 2021, uma das ações de Fernanda foi a arrecadação de milhares de livros para a doação com um projeto próprio, que iniciou no litoral paulista.

A professora de inglês também participou de diversas Organizações Não Governamentais (ONGs) durante o percurso e, inclusive, fez parte de um programa do ex-presidente norte-americano Bill Clinton, o Clinton Global Initiative.

“Eu aprendi a comunicar minhas ideias melhor, especialmente no inglês, networking com pessoas de diferentes lugares do mundo, uma rede de apoio de empreendedores. Foi uma mentoria para colocar projetos em prática e torná-los escaláveis, todo o material e suporte eu posso usar em uma empresa que queira criar no futuro, por exemplo”, explica.

Ajuda para realizar sonho

A bolsa de 80% no valor do citado curso não garante a ida de Fernanda à Coreia do Sul para estudar. Como só pode trabalhar no segundo semestre, de acordo com as regras da instituição de ensino, a jovem tem até o dia 15 de julho para juntar R$ 20 mil, quantia que garante o restante do pagamento para a universidade e os mantimentos durante o período.

Pensando nisso, ela criou a campanha “Fefe na Coreia” por meio de suas redes sociais. O objetivo é arrecadar fundos para realizar o seu sonho.

Por meio de suas redes sociais, Fernanda criou a campanha “Fefe Na Coreia”, com o objetivo de arrecadar fundos para estudar no país asiático | Foto: Redes Sociais

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