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Por France Presse

Manifestação em Haia, na Holanda, pede condenação do Irã por violações de direitos humanos, em 12 de outubro de 2019 | Foto: Sem Van Der Wal/ANP/AFP

Um homem condenado por roubo teve os dedos amputados por uma guilhotina no Irã, disse nesta sexta-feira (29) a Anistia Internacional, que classificou o ato como um “castigo indescritivelmente cruel”.

Pouya Torabi, de 30 anos, foi levado com urgência a um hospital após lhe cortarem os dedos em 27 de julho, na presença de vários funcionários e um médico da penitenciária de Evin, em Teerã, segundo a ONG.

Em 31 de maio, autoridades iranianas amputaram também os dedos de outro condenado, Sayed Barat Hosseini, sem anestesia, segundo a Anistia.

“A amputação é uma tortura aplicada judicialmente e, por tanto, um crime sob o direito internacional. Todos os que participaram da ordem e da execução destes castigos corporais devem ser processados”, afirmou Diana Eltahawy, diretora adjunta da Anistia para o Oriente Médio e o norte da África.

As penas por amputação no Irã implicam no corte de quatro dedos da mão direita, segundo o Código Penal iraniano.

O Centro Abdorrahman Boroumand afirma que as autoridades iranianas já amputaram os dedos de pelo menos 131 homens desde janeiro do ano 2000.

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