Correio 24h
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Foto: Divulgação

A Bahia será o estado com maior corte de verba, em números absolutos, no benefício da Bolsa Família, caso seja aprovada a proposta de diminuir em R$ 10 bilhões os custos com o programa. O estado perderia por ano R$ 1.295,3 bilhão, segundo dados divulgados na noite de sexta-feira (11) pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Percentualmente, este corte atingiria 38,4% dos beneficiários baianos. Paraná é quem lidera a lista dos estados que mais perderiam beneficiários: 75,2% deixariam o programa, ainda segundo o MDS. Em nota, o MDS afirmou ser impossível fazer esse corte no Bolsa Família “sem provocar um gravíssimo retrocesso no país”. Ao todo, 23 milhões de pessoas seriam atingidas em todo país com a mudança, incluindo 11 milhões de crianças e adolescentes de até 18 anos. O ministério diz ainda que o deputado Ricardo Barros (PP-PR), relator do Orçamento que incluiu a proposta, distorce dados do programa. “Não são apenas as famílias beneficiárias que perdem com eventuais cortes. O dinheiro do Bolsa Família ajuda a movimentar a economia de Estados e municípios. Todos perdem”, finaliza a nota. A Bahia é o estado com maior número de inscritos no Bolsa Família. Segundo dados do mês de agosto, 1.783.728 famílias em todo o estado recebem o benefício. No país, são 13.797.102 famílias beneficiadas. Em novembro, o economista Helmut Schwarzer, 48 anos, responsável por gerir o programa, afirmou ao CORREIO que caso o corte fosse aprovado 1 milhão de baianos voltariam à miséria. “E um corte como esse (R$ 10 bilhões), no caso da Bahia, por exemplo, é um milhão de pessoas que voltam para a pobreza extrema. Significa pessoas que já não têm mais renda para comprar a comida. É um milhão de baianos que voltariam a passar fome”, disse Schwarzer na ocasião.

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