Canonização de Santa Dulce dos Pobres completa 5 anos nesta terça-feira; fiéis celebram com shows, Missa Campal e Procissão Luminosa
A canonização de Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa brasileira, completa 5 anos nesta terça-feira (13). Para marcar a data, uma série de eventos especiais está sendo realizada em Salvador, com destaque para a Missa Campal, que ocorrerá às 17h na Praça Irmã Dulce, no Largo de Roma. A cerimônia será conduzida pelo Arcebispo de Salvador, cardeal Dom Sérgio da Rocha. Em seguida, às 19h, uma Procissão Luminosa percorrerá as ruas do bairro em direção à Basílica Santuário Senhor do Bonfim.
As comemorações também contarão com apresentações musicais. O cantor Waldonys sobe ao palco às 15h, seguido pelo Padre Antônio Maria, às 16h, e pelo grupo Anjos de Resgate, que se apresentará às 20h, todos no Palco Principal da Praça Irmã Dulce. Além das festividades, missas serão realizadas durante todo o dia no Santuário Santa Dulce dos Pobres, permitindo que os fiéis prestem suas homenagens em diferentes horários.
As celebrações reforçam o legado de Santa Dulce dos Pobres, que dedicou sua vida ao cuidado dos mais necessitados e se tornou um símbolo de compaixão e serviço. “A Festa de Santa Dulce dos Pobres é um momento especial para fortalecermos ainda mais as nossas orações e agradecimentos a quem dedicou a vida aos mais necessitados, e cujo legado de amor e serviço continua presente”, afirma a superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) e sobrinha do Anjo Bom do Brasil, Maria Rita Pontes.
A festa litúrgica em honra à Mãe dos Pobres será marcada também por orações em prol da OSID, instituição fundada por Santa Dulce. A entidade, que acaba de completar 65 anos de existência, acolhe mais de 3 milhões de pessoas por ano na Bahia, principalmente nas áreas da Saúde e da Educação, incluindo pacientes oncológicos, idosos, pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, pessoas em situação de rua, usuários de substâncias psicoativas, crianças e adolescentes em situação de risco social, entre outros públicos. A instituição, que abriga hoje um dos maiores complexos de saúde do Brasil com atendimento 100% gratuito, conta principalmente com as doações da sociedade para manutenção dos serviços prestados à população.
Santa Dulce dos Pobres, nascida Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, em 26 de maio de 1914, em Salvador, começou a cuidar de doentes aos 13 anos, na porta de sua casa, no bairro de Nazaré. Em 1933, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão, Sergipe. No mesmo ano, em 13 de agosto, recebeu o hábito religioso e adotou o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.
Em 1949, com autorização de sua superiora, transformou um galinheiro ao lado do convento em abrigo para 70 doentes resgatados das ruas de Salvador. A iniciativa resultou na criação do maior hospital da Bahia. Irmã Dulce faleceu em 13 de março de 1992, aos 77 anos. Em 13 de outubro de 2019, foi canonizada e passou a ser conhecida como Santa Dulce dos Pobres, com 13 de agosto como seu Dia Litúrgico.
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