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Enquanto crianças sorriem na propaganda da Oi, clientes se irritam e colecionam prejuízos

Foto: Reprodução/Jornal da Metrópole
Líder dos rankings da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como pior prestadora de serviços, a Oi também ganha disparada quando o assunto é a operadora de telefonia mais odiada pelos usuários. As queixas são provenientes de todos os serviços oferecidos, desde o telefone fixo, passando pela telefonia móvel, TV a cabo e até internet. Com 857.603 reclamações registradas no ano passado, a Oi é a empresa que acumula mais denúncias na Anatel. São 353.307 referentes à telefonia móvel, 470.213 sobre telefonia fixa e outras 34.083 relacionadas aos serviços de TV por assinatura. De acordo com a agência, no período de 2009 a 2013, foram instaurados 55 processos contra a Oi por descumprimentos relacionados à interrupção da prestação do serviço de telefonia fixa e banda larga. “Foram aplicadas multas que totalizam R$ 49.255.025,51”, explica a Agência Nacional de Telecomunicações. No site Reclame Aqui, a Oi também é líder, com 56.896 reclamações – sendo que quase todas, 56.867, não foram respondidas pela empresa. Os dados renderam à operadora a classificação de “Não Recomendada”, pior título atribuído às empresas no site especializado em queixas de clientes.
Empresa fica mais de 30 dias sem telefone e internet
Os dados trazem à tona histórias de consumidores como Mauro Nascimento e Urbano Júnior, empresários do bairro do Comércio, em Salvador, que acumulam prejuízos por conta da má qualidade do serviço prestado pela operadora. Por incrível que pareça, em pleno 2014, empresas ficam semanas seguidas sem comunicação por conta de concessionárias de telefonia, caso da Oi. “Desde a semana passada, eu tenho ligado para a Oi, porque estamos sem telefone e sem internet e estamos impossibilitados de funcionar”, conta. Segundo ele, após inúmeras ligações, a operadora afirmou que um técnico faria o reparo necessário em 24 horas, mas, até a última quinta-feira (8), nada tinha sido resolvido. Situação semelhante vive o empresário Urbano Júnior. Segundo ele, sua empresa está sem telefone fixo e internet há mais de 30 dias. “Eu tenho uma coleção de protocolos – inclusive ligando para a Anatel – e não resolvi”, afirmou ao Grupo Metrópole.
Sexta, sábado e domingo sem sinal
Quem tem a sorte de ter o telefone funcionando ainda precisa lidar com a instabilidade do sinal da Oi, problema frequente para os usuários dos serviços de telefonia e internet. “Moro a ‘meio metro’ da antena em Itapuã e trabalho a 50m da antena da Amaralina e não tenho sinal. Quando consigo sinal, mal consigo falar”, desabafa Cláudia Oliveira. Esse problema é enfrentado também no interior da Bahia. Segundo moradores de Jaraguá, há três semanas, os telefones da Oi ficam repetidamente incomunicáveis. “Toda sexta, sábado e domingo é assim agora. A Oi para totalmente, fixo e celular”, denuncia o funcionário público Demerval Gama. Tal infração pode acarretar punições à operadora: notificação com advertência, aplicação de uma multa, suspensão da atividade comercial e, em casos extremos, até o fechamento da atividade comercial. Mas, por enquanto, a Oi age livremente.
Conta de um mês inteiro por uma semana de serviço
Além de não prestar o serviço contratado pelo consumidor, a Oi continua cobrando como se o serviço fosse entregue como deveria. “Fiquei três semanas sem internet e sem telefone. Quando finalmente resolveram, a continha chegou sem ser descontado nada”, reclama o internauta Iago Maciel. De acordo com o assessor técnico da Superintendência do Procon na Bahia, Felipe Vieira, em casos como o de Iago, a empresa é obrigada a descontar os dias em que o serviço não foi fornecido. “O consumidor que tiver problemas de interrupção de um serviço essencial como telefonia e telecomunicação deve sim requerer o abatimento proporcional do preço”, esclarece. Ainda segundo Vieira, a reclamação pode ser feita independente do tempo que o serviço ficou sem funcionar. “Consumidores que tenham mais que 30 dias ou simplesmente uma ligação interrompida por um período podem prestar a sua reclamação e fazer valer seu direito”, reitera.
Silêncio: preguiça ou pura má vontade?
Fazendo jus ao título de pior operadora no ranking nacional da Anatel, a Oi se recusou a responder os questionamentos do Jornal da Metrópole e tentar explicar os motivos que estariam causando as inúmeras queixas de usuários dos serviços em Salvador. Procurada pela reportagem, a empresa recebeu uma lista com sete reclamações diversas – de cobranças indevidas a falta de sinal em bairro de Salvador – com nomes e os bairros onde os problemas acontecem, mas, por intermédio de sua assessoria de imprensa, informou que não tinha “dados suficientes para procurar saber a origem dos problemas”. Questionados sobre um possível boicote dos técnicos – que estariam recebendo salários abaixo de mercado, conforme uma denúncia feita por um ouvinte da Rádio Metrópole – o argumento foi o mesmo. Ao contrário do sinal da Oi, a pergunta está no ar: se os detalhes informados pela reportagem não bastam para que o problema seja resolvido, o que seria suficiente?
Ação no TJ é uma alternativa
Para os casos em que a falta do serviço da Oi pode acarretar prejuízo financeiro ao cliente, o consumidor deve procurar o Tribunal de Justiça para que uma ação indenizatória seja aberta. “A indenização só pode ser questionada no Poder Judiciário. O consumidor que quiser a solução rápida e prática desses problemas deve aceitar o convite da Secretaria de Justiça e comparecer a um dos balcões do Procon”, alerta o assessor técnico do órgão de defesa do consumidor, Felipe Vieira.
Telefonia é setor líder em reclamações no Procon
Os problemas relacionados a operadoras de telefonia são líderes em reclamações no Procon da Bahia. Em 2013, somente os problemas relacionados à telefonia fixa acumularam mais de 3.134 queixas de consumidores. “Isso significa, em um único segmento, cerca de 6,75% do total de reclamações. Logo abaixo deste setor, vem a telefonia móvel, com 5.091 reclamações […] Nós tivemos mais de 11 mil consumidores reclamando da má prestação de serviço oferecido pelas operadoras”, explica Felipe Vieira.
Anatel diz aplicar multas
Com o argumento que todos os responsáveis estão preferindo se pronunciar por intermédio de nota, a Anatel informou que acompanha e controla permanentemente a qualidade e a regularidade da prestação da telefonia fixa e do serviço de banda larga por meio de indicadores de desempenho operacional das prestadoras e pelo monitoramento da disponibilidade do serviço. “Quando identificada e caracterizada uma ou mais infrações, em regra, há a instauração de processo administrativo, sendo a sanção de multa a mais aplicada. O teto para grandes operadoras, nos casos mais graves, é de R$ 50 milhões”, disse. As informações são do portal Metro1.
Nota Superintendência Municipal de Tráfego sobre veículos estacionados em calçadas
Em nada justifica a falta de informação que as pessoas alegam quando abordadas pelos agentes da Superintendência Municipal de Tráfego (SMT). Além de não termos o direito de alegar falta de conhecimento das leis, Santaluz desde 2009 vem passando por um grande processo de conscientização das normas de trânsito, ação essa iniciada pela Policia Militar e que em 2013 ganhou o reforço da Superintendência Municipal de Tráfego, através de ações e com o lançamento do Projeto de Educação e Socialização do Trânsito (PROEST). Na maioria dos casos o que percebemos é realmente o descaso das pessoas com o Código Brasileiro de Trânsito. Pessoas essas que deveriam ser bons exemplos na sociedade acabam sendo maus exemplos. Essa situação é descrita no Artigo 181, inciso VIII. Assim sendo, a SMT aplica a penalidade por escrito e envia por malote os autos de infração para o órgão competente em lançá-los no sistema.
Ascom SMT
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Neto vira “pai” de avó com Alzheimer

Foto: Reprodução | Blog As pérolas de uma coroa
Compartilhar a dor não é sofrê-la no coletivo, é livrar quem dela sofre. Foi com esse lema que o estudante Fernando Aguzzoli decidiu dividir com milhares de seguidores a experiência de virar o pai da própria avó e fazer dessa relação um exemplo de como lidar de forma leve com o Alzheimer.
Em janeiro de 2013, aos 21 anos, o jovem de Porto Alegre decidiu largar a faculdade de filosofia e o emprego para passar 24 horas ao lado da avó, diagnosticada com Alzheimer cinco anos antes. Aos 79 anos, Nilva Aguzzoli, ou a Vovó Nilva, como ficou conhecida nas redes sociais, passou a ter o neto como cuidador em tempo integral.
“Desde o início da doença, eu e meus pais sempre cuidamos, mas, em 2013, quando percebi que ela estava chegando a um estágio mais avançado da doença, pensei que, em breve, ela poderia nem nos reconhecer mais, e decidi que queria ficar direto com ela. A partir daí, tomei a decisão de levar tudo na esportiva”, conta Fernando.
Em setembro, o jovem teve a ideia de criar uma página no Facebook onde passou a relatar de forma bem-humorada histórias do cotidiano de uma família com um membro com Alzheimer. “Sempre busquei informação sobre a doença e tudo o que eu encontrava era deprimente”, conta. Nas postagens, os esquecimentos da Vovó Nilva viravam motivo de risada.
“Foi superpositivo para mim, para ela e para os meus pais. A realidade dela era completamente diferente, mas era muito bonita. As coisas eram lindas, as pessoas não morreram. Quem sou eu para tirar isso dela?”, diz.
E era com bom humor que Fernando enfrentava os desafios diários. “Quando ela teve de usar fralda pela primeira vez, ficou incomodada. Então, eu coloquei uma fralda em mim e rimos juntos”, conta.
A história acabou atraindo a curiosidade de internautas e a admiração de familiares de pacientes com Alzheimer.
Com o sucesso, Fernando e a avó passaram a escrever um livro que, além de contar as histórias engraçadas, terá dicas de como a família pode lidar com diversas situações vividas por um paciente com a doença. A iniciativa atraiu a atenção de médicos do Rio Grande do Sul, que participam da publicação com orientações técnicas. O livro deve ser lançado em setembro.
Vovó Nilva acabou morrendo em dezembro, por complicações de uma infecção urinária. Apesar da frustração, Fernando decidiu manter a página na internet, que hoje já tem 15 mil seguidores. “Mantive por consideração às pessoas que me deram apoio, pela escassez de informações sobre a doença e, principalmente, porque é uma forma de deixar a minha avó viva.”
Benefício
Posturas como a de Fernando podem até ajudar a adiar a evolução da doença, segundo Cícero Gallo Coimbra, professor de Neurologia e Neurociências da Unifesp. “Na maioria dos casos, a atitude da família é cobrar e repreender o parente nos episódios de esquecimento. Essa cobrança leva ao pânico e ao estresse, que bloqueiam a produção de novos neurônios e pioram um quadro de demência”, explica o especialista. “A maioria das famílias deixa o parente com Alzheimer no ostracismo, e o que ele mais precisa é de acolhimento afetivo.”
E essa foi a missão de Fernando. “Quando eu e minha mãe decidimos levar a vó para realizar o sonho dela, que era conhecer as Cataratas do Iguaçu, muitos perguntavam por que íamos gastar dinheiro com a viagem se, dez minutos depois, ela não lembraria do passeio. Mas, para nós, não importava se ela lembraria, importava a felicidade que ela teria naquele momento.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Entrevista de Prisco ao portal A Tarde – Continuação
O senhor foi preso enquanto se dirigia à Costa de Sauipe para passar o feriado da Semana Santa com a família. Como foi o momento da prisão? Qual a reação dos seus familiares ao terem o carro interceptado por agentes da Polícia Federal?
Muito triste, aterrorizante. Estava na frente de meus filhos e esposa. Eu fui tratado como criminoso, coisa que eu não sou.
O senhor foi detido no dia 18. No entanto, o pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) três dias antes. De acordo com o órgão, a prisão é referente à ação penal movida em 2013, pela prática de crimes contra a segurança nacional praticados durante a greve de 2012. A prisão foi uma
surpresa?
Sim, foi uma surpresa porque não há provas no processo. Ninguém ainda foi ouvido nele. Tudo baseado na Lei de Segurança Nacional, da época da ditadura, que já foi alvo de análise do Supremo, que declarou inconstitucionais diversos requisitos desta.
As negociações com o governo do estado começaram há nove meses. Mesmo após longo tempo de conversa, por que não foi possível chegar a um acordo?
Depois de muitas e muitas reuniões, apenas 5% do que foi apresentado pelas associações foi aprovado pelo governo. Adiamos a primeira assembleia para dar mais prazo ao governo. Ninguém queria esta greve, mas quem inflamou a tropa foi o governo, quando frustrou os policiais militares da Bahia.
Alguns veículos de comunicação chegaram a divulgar que o senhor era contrário à greve. É verdade?
Sim, fui contra a greve, tanto nessa quanto na outra, mas quem decide é a categoria. A opinião da tropa é e sempre será soberana.
Como o senhor avalia a forma como a greve foi suspensa? Ainda há pontos a serem discutidos?
Acredito que ainda há pontos a serem discutidos e sempre estivemos abertos a debatê-los.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, foram 104 assassinatos em Salvador e região metropolitana da noite de terça-feira (15), quando a greve foi decretada, até domingo (20), três dias depois de os policiais terem voltado ao trabalho. Nesse período, a média foi de 17 homicídios por dia. Em condições normais, a média diária, segundo informações da PM, é de cinco homicídios. Só no feriado da Semana Santa, já com os policiais de volta ao trabalho, o número de assassinatos foi 57% maior que no mesmo período do ano passado. Houve, ainda, um aumento significativo de roubos de veículos, além dos saques. Como o senhor vê o crescimento do número de ocorrências durante a paralisação das atividades da PM?
A violência não é por conta do movimento. Em Salvador e região metropolitana, em um final de semana, já tivemos 44 homicídios. Não sou eu quem está dizendo, são dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que aponta Salvador como a 13ª cidade mais violenta do mundo. O que gostaria que as pessoas entendessem é que discutimos melhorias para a população baiana, e não para uma categoria. Se tivermos uma polícia melhor, os baianos gozarão de segurança pública de qualidade. Ressalto que, durante as mobilizações, 40% da tropa trabalhou.
Qual foi o papel de Jaques Wagner (então deputado) na greve de 2001? Agora, apenas no segundo mandato dele, a PM paralisou as atividades por duas vezes. Naquele momento, ele foi um parceiro da categoria?
Em 2001, ele foi além de parceiro, deu total apoio, inclusive publicamente.
Como o senhor acha que ficará a situação do seu mandato na Câmara de Vereadores? O senhor teme ter o cargo suspenso?
Não. Confio em meus pares. Os vereadores sabem que estou impedido de exercer meu mandato por conta de uma prisão arbitrária, que havia perdido objeto.
Embora não haja mais indicativo de greve, os policiais do estado estão mobilizados para que o senhor deixe a prisão. Qual mensagem o senhor deixa para a tropa?
A mensagem que eu deixo para a tropa é que tenha tranquilidade. Peço humildemente que, sem movimentos, sem paralisações, continuem cobrando das autoridades a minha liberdade e trabalhando em prol da sociedade. Sou vereador de Salvador, acredito que o certo é minha prisão na Câmara ou domiciliar. Passo horas me perguntando como isso aconteceu. Clamo por minha liberdade.