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Foto: Ricardo Stuckert

Aliados, hoje, ao presidente Bolsonaro, caciques importantes e que integram a linha de frente do centrão já admitem sentar para conversar com o ex-presidente Lula – mas rejeitam o que chamam de “entorno” do PT, como figuras expressivas do partido que já ocuparam cargos chave na administração federal e têm dado opiniões nessa pré-campanha a respeito de áreas como a economia.

Lideranças do núcleo duro do centrão ouvidas pelo blog da jornalista Andreia Sadi, no g1, deixam claro que a intenção é apoiar o presidente Bolsonaro na eleição de 2022 – mas não ignoram a vantagem de Lula nas pesquisas e registram, quando questionados sobre um eventual “dia seguinte” sem Bolsonaro, que os partidos do centrão são “partidos de governo”. Ou seja, não existiria nenhum constrangimento em “sentar para conversar” com o ex-presidente Lula para discutir composições políticas.

O problema, afirmam, não é Lula, mas o “entorno”, formado por dirigentes do PT. Entre os nomes citados nos bastidores e rejeitados pelos políticos do centrão, estão a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, Aloizio Mercadante, ex-ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff, e até o ex-ministro José Dirceu, condenado no mensalão.

Recentemente, entrou na mira desses políticos o nome de Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda de Lula, após ele escrever um artigo sobre economia na imprensa, que foi lido por deputados e senadores como um “recado” da pré-campanha de Lula – apesar de o ex-presidente deixar claro que ninguém fala pela economia em sua campanha.

Apesar de elogiar Lula, integrantes do centrão afirmam não querer o “retorno” desse núcleo – e avaliam que a estratégia de Bolsonaro será “colar” o discurso de que, se Lula voltar ao poder, levará consigo esse grupo de petistas que sofreu rejeição no Congresso e, também, no mercado.

No entanto, apesar de oficialmente apoiarem o presidente Bolsonaro em 2022, lideranças do centrão admitem que, se houver uma vitória de Lula, o partido não será “aliado, mas também não será inimigo de Lula”.

E avaliam que o perfil do Congresso, independentemente do presidente eleito, deve ser de centro-direita.

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