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Por g1

Entrevista da jornalista Renata Lo Prete com Ciro Gomes, pré-candidato a presidente pelo PDT | Foto: Reprodução/g1

Uma possível tentativa de golpe de Estado por parte de Jair Bolsonaro (PL) é vista por Ciro Gomes como um “delírio” da cabeça do presidente. Para o pré-candidato à Presidência pelo PDT, não existem as condições internas e externas para que o atual ocupante do Planalto saia vitorioso em caso de qualquer movimento golpista.

“Mas ele [Bolsonaro] não tem a base, nem na sociedade – não há um grupo de imprensa, ao contrário de 1964m que estavam todos com o golpe. E não há uma comunidade internacional minimamente relevante – na comunidade europeia, na China, que é a nossa maior compradora, nos Estados Unidos, que o segundo comprador do Brasil – que suporte um golpe. A condição objetiva, interna e externa, inviabiliza o delírio que o Bolsonaro tem na cabeça”, disse Ciro.

Ex-governador do Ceará, o pedetista deu a declaração na segunda-feira (13), na primeira da série de entrevistas comandada por Renata Lo Prete, apresentadora do podcast “O Assunto”, com pré-candidatos à Presidência da República. A conversa foi transmitida ao vivo direto do estúdio do g1, em São Paulo, e no GloboPlay.

Ainda que negue a existência de condições favoráveis a uma tentativa de golpe por parte do presidente, Ciro afirma que irá agir para evitar um movimento neste sentido.

“O que que eu vou fazer: eu vou resistir. Como? Na proporção que for necessária. A minha grande ferramenta é a minha palavra, a minha autoridade moral. Mas se for necessário eu também desço para a periferia e organizo a rapaziada”, afirmou.

Atrás de Lula e de Bolsonaro nas pesquisas eleitorais, Ciro Gomes voltou a criticar os dois adversários.

Sobre Lula, Ciro disse que o pré-candidato do PT foi um “bom presidente”, mas se “corrompeu”.

“Lula foi um bom presidente. Não dá para desdizer [o que já disse anteriormente]. Ele foi um bom presidente, nas circunstâncias que governou o Brasil. Mas não tinha projeto de nada, não fez reforma institucional, não mudou absolutamente nada. Mas não posso classificar o Lula, senão me alieno. O Lula terminou com 86% de aprovação. Que ele foi um bom presidente, está de bom tamanho. Minha crítica é que o Lula se corrompeu organicamente e não dá para fazer de conta que ele não se corrompeu”, declarou.

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