Geovane Silva holds his son Gustavo Henrique, who has microcephaly, at the Oswaldo Cruz Hospital in Recife, Brazil

Foto: Divulgação

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) condenou, em nota, o aborto para casos de microcefalia e afirmou que o aumento dos casos da doença em bebês não pode ser usado como uma justificativa para a interrupção da gravidez. De acordo com A Tribuna, grupos que militam pela legalização do aborto anunciaram nas últimas semanas que pretendem levar a questão para a análise do Supremo Tribunal Federal (STF). A CNBB classifica esta iniciativa como “total desrespeito ao dom da vida”. O presidente da CNBB, Dom Sérgio da Rocha, se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, no final da tarde desta quinta-feira, 4, no Palácio do Planalto, apresentou a posição da Igreja contra o abordo dos bebês doentes e ofereceu ajuda ao governo na mobilização da comunidade católica para o combate ao Aedes aegypti. Na nota, a CNBB destaca que “merece atenção especial o vírus zika por sua provável ligação com a microcefalia”, mas ressalva que essa relação “não foi provada cientificamente”. Em seguida, ressalta que “o estado de alerta, contudo, não deve nos levar ao pânico, como se estivéssemos diante de uma situação invencível, apesar de sua extrema gravidade”. Insiste também que, “tampouco justifica defender o aborto para os casos de microcefalia como, lamentavelmente, propõem determinados grupos que se organizam para levar a questão ao STF”. A CNBB, em sua nota, também fez uma dura crítica ao governo ao falar da “vergonhosa realidade do saneamento básico no Brasil”. O saneamento será o tema da campanha da fraternidade a ser lançada na quarta-feira de cinzas. Segundo a instituição, “sem uma eficaz política nacional de saneamento básico, fica comprometido todo esforço de combate ao Aedes aegypti”.

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