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Foto: Reprodução/ TV Brasil

O presidente Jair Bolsonaro vestiu um cocar nesta sexta-feira (18), para receber a medalha do mérito indigenista, em cerimônia realizada no Ministério da Justiça.

A honraria, criada em 1972, é para homenagear as personalidades que se destacam pela proteção e promoção dos povos indígenas brasileiros. O nome do presidente Jair Bolsonaro já havia sido publicado no Diário Oficial da União (DOU) na lista dos agraciados deste ano. A premiação é definida pelo ministro da Justiça, Anderson Torres.

“Me sinto muito feliz com este cocar graciosamente ofertado. Somos exatamente iguais. Todos nós viemos à terra pela graça de Deus. Em cada vez mais nos transformamos em iguais. Isso não tem preço. O que nós sempre quisemos foi fazer com que vocês se sentissem exatamente como nós”, afirmou o presidente durante discurso no evento.

Segundo informações do G1, a escolha de Bolsonaro para receber a medalha não foi bem recebida entre entidades e associações representativas dos povos indígenas. Ainda conforme a publicação, o motivo seria as tomadas de decisões do presidente, que são vistas como prejudiciais para a cultura e segurança dos povos indígenas.

O blog do Octavio Guedes lembrou que, quando era deputado, Bolsonaro disse que a cavalaria brasileira foi incompetente por não ter dizimado os indígenas.

No dia em que saiu a condecoração no “Diário Oficial”, a líder indígena Sônia Guajajara, coordenadora-executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), afirmou que a homenagem a Bolsonaro é uma afronta.

“É claro que é uma afronta total ao movimento indígena, ao ato pela terra, a tudo que a gente está fazendo para contrapor todas essas maldades desse governo”, afirmou Guajajara.

Ela disse também que a Apib vai contestar a condecoração na Justiça.

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