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Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em seu acordo de delação premiada, o empresário Alexandre Margotto [ex-sócio do corretor Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e de grupos empresariais no suposto esquema de corrupção na Caixa] incriminou o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). As informações são de reportagem de Fábio Fabrini e Fabio Serapião do Estado de S.Paulo. Segundo a publicação, Margotto disse que a Vice-Presidência de Pessoa Jurídica da Caixa, comandada por Geddel de 2011 a 2013, era mais rentável para Funaro que a Vice-Presidência de Fundos de Governo e Loterias, a cargo de Fábio Cleto [que delatou desvios em operações bilionárias do banco público]. As informações sobre a colaboração foram confirmadas por fonte que teve acesso ao depoimento. A delação foi homologada nesta quarta-feira (15), pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal, em Brasília. Pode ter impacto na ação penal na qual o próprio Margotto, Funaro, Cleto, Cunha e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) são acusados de negociar suborno para liberar aportes da Caixa em grandes empresas. A delação implica Funaro e outros empresários. Aos investigadores, Margotto contou que Funaro dizia ganhar na Caixa mais dinheiro com Geddel que com Cleto, primeiro delator do esquema de desvios no banco público. Ele deu detalhes da relação do peemedebista com o corretor. Geddel Vieira Lima é investigado pela Polícia Federal e o MPF, sob a suspeita de comandar, juntamente com Cunha, o esquema de corrupção na Caixa. Ele foi alvo da Operação Cui Bono? (a quem interessa?), em janeiro.

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