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Delator Júlio Camargo disse que Cunha pediu US$ 5 milhões para viabilizar contrato da Petrobras | Foto: Agência Reuters

O presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), será denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), de acordo com o “O Globo”. Segundo o site do jornal, ele será acusado ainda nesta quarta-feira, 19, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com A Tarde, a denúncia deve ser apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e faz referência ao depoimento do empresário Júlio Almeida Camargo, que afirmou ter pago US$ 5 milhões como propina para o parlamentar. O deputado nega a participação no crime. Camargo é um dos principais delatores da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção envolvendo a Petrobras. Ele afirma que Cunha facilitou a assinatura de contratos de afretamento de navios-sonda entre a Samsung Heavy Industries e a diretoria de Internacional da Petrobras. De acordo com ele, o contrato foi de US$ 1,2 bilhão. O doleiro Alberto Youssef, principal operador da propina no esquema da Petrobras, também disse que ajudou Julio Camargo a repassar o dinheiro para Cunha e outros políticos. Ele também afirmou que o deputado usou requerimentos de informação de uma das comissões da Câmara com o intuito de pressionar Camargo a pagar a propina. Nos primeiros depoimentos, Camargo não citou Cunha. Ele apontou apenas os nomes de Nestor Cerveró e o lobista Fernando Soares, o Baiano. Mas acabou falando quando foi confrontado com as informações repassadas por Youssef.

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