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Por blog da Natuza Nery e GloboNews

Lula se encontra com Biden | Foto: Kevin Lamarque/Reuters

Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 17 de janeiro, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que o Brasil e os Estados Unidos estarão “lado a lado para garantir que a democracia continue triunfando”.

Biden chama Lula de amigo e diz que há muito a ser feito pelos dois mandatários. O presidente americano expressou concordância com o discurso de Lula no aniversário dos ataques golpistas de 8 de janeiro.

“Meu amigo, ainda temos muito a realizar. Como você afirmou com tanta razão em seu discurso marcando o triste aniversário da tentativa de golpe de Estado no Brasil, a democracia nunca está pronta, precisa ser construída e cuidada todos os dias’.”

Os ataques golpistas ao Brasil aconteceram em 8 de janeiro de 2023, dois anos após os ataques ao Capitólio dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021.

Ambos os casos guardam muitas semelhanças. Nos EUA, os golpistas não aceitavam a derrota do ex-presidente Republicano Donald Trump para o atual presidente. No Brasil, os eleitores favoráveis a Jair Bolsonaro também não aceitavam a derrota do capitão reformado para Lula. O questionamento do resultado das eleições, nos dois países, se deu pela tentativa de deslegitimar as eleições alegando fraude.

No último dia 23, Lula escreveu a Biden e o convidou para vir ao Brasil. O petista ressalta, em sua carta, a boa relação entre os dois países no momento e o aniversário de 200 anos das relações diplomáticas entre os dois Estados.

Nos bastidores, o blog da Natuza Nery apurou que a intenção de Lula é fazer um gesto no momento em que Biden está em um processo de sucessão, e ele fez esse gesto por diversos motivos.

Biden enfrentará uma dura campanha para conquistar sua reeleição em novembro deste ano. O presidente americano tem ido bem nas primárias do partido, mas sua ausência nas prévias Democratas têm preocupado eleitores.

200 anos de relações entre Brasil e EUA

O Brasil e os EUA mantém relações diplomáticas desde 1824, quando o então presidente americano, James Monroe, reconheceu a independência do Brasil.

A primeira missão diplomática (Legação) dos EUA no Brasil foi instaurada em 1825, no Rio de Janeiro. O representante americano em terras brasileiras foi Condy Raguet. Ele se apresentou ao imperador Dom Pedro I em outubro daquele ano.

Levou 80 anos para que a legação tivesse o seu status elevado para Embaixada. Em 1 de janeiro de 1905, David E. Thompson foi nomeado embaixador dos EUA no Brasil.

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