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Por g1

Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (1º) que governos desde a ditadura militar têm “fetiche” por empresas estatais e voltou a defender privatizações.

Guedes deu a declaração ao participar de um evento da Secretaria Especial de Desestatização do ministério.

No discurso, o ministro informou que as estatais registraram lucro de R$ 135 bilhões entre janeiro e setembro deste ano e que irá propor ao presidente Jair Bolsonaro a criação do Ministério do Patrimônio da União em um eventual segundo mandato.

“Isso [estatais] é um fetiche do passado, que acometeu tanto o governo militar durante 20 anos quanto os novos governos civis. O que tinham em comum? O fetiche das estatais. Petrobras, Eletrobras, Siderbras, Telebras, Portobras”, declarou Guedes, acrescentando ser preciso “acabar com esse fetiche”.

No evento, o ministro voltou a defender que os recursos das privatizações sejam usados em um fundo de erradicação da pobreza ou em investimentos em infraestrutura.

Para o ministro, se isso se concretizar, os valores não estariam dentro do teto de gastos, regra que limita a maior parte das despesas da União à inflação do ano anterior. “Se quiser diminuir o Estado, não se aplica o teto”, concluiu.

O ministro citou o caso da Eletrobras e dos Correios, em processo de privatização, e também da Petrobras.

Segundo Guedes, a Eletrobras não tem capacidade de investimento para manter seus ativos, enquanto Correios e Petrobras, em sua visão, tendem a perder valor de mercado com as mudanças tecnológicas.

“Correios, vende rápido, pois corre um risco de daqui a dois, três anos estar irrelevante. Empresas privadas estão criando empresas de logística. Isso vale para a Petrobras também. O mundo inteiro está indo em direção ao verde. […] Daqui a 10, 15 anos, o mundo vai fazer transição para fora do petróleo, e isso vai desaparecer”, disse.

De acordo com Guedes, ou a estatal “ajuda a sociedade” ou “vai ao mercado, coloca o preço lá em cima e, entre aspas, aperta o consumidor, como a Petrobras agora”.

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