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Por Uol

Foto: Marcos Corrêa/PR

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (Podemos), criticou no domingo (21) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por suas recentes declarações sobre Cuba, em que amenizou as críticas à ditadura e condenou os Estados Unidos pelo bloqueio contra a ilha.

Para Moro, a fala de Lula “flerta com o autoritarismo”. “Antes, o PT elogiou as eleições na Nicarágua, onde os opositores foram presos. Agora, é o Lula quem minimiza a repressão contra protestos na ditadura cubana e critica os Estados Unidos, uma democracia. Não dá para flertar com o autoritarismo”, escreveu o ex-ministro em uma rede social, citando uma nota do último dia 8 em que o PT celebrava a eleição na Nicarágua, que manteve o ditador Daniel Ortega no poder.

Já as declarações de Lula foram feitas em entrevista ao jornal espanhol El País, no momento em que o ex-presidente comentava sobre a proibição de manifestações em Cuba. Nesta semana, um protesto convocado por organizações sociais foi considerado ilegal e acabou esvaziado. Os organizadores atribuíram o fracasso às ameaças de prisão e aos atos de intimidação por parte de autoridades cubanas.

“A gente reclama de uma decisão que evitou os protestos em Cuba, mas não reclama que os cubanos estavam preparados para dar a vacina e não tinham seringas, e os americanos não permitiam a entrada de seringas. Eu acho que as pessoas têm o direito de protestar, da mesma forma que no Brasil. Mas precisamos parar de condenar Cuba e condenar um pouco mais o bloqueio dos EUA”, disse Lula.

O petista também mencionou Moro, dizendo não estar preocupado com uma eventual candidatura do ex-juiz da Operação Lava Jato para a Presidência em 2022. “Não estou preocupado. “Sem a proteção da toga de juiz e sem a proteção do Código Penal, será candidato como eu, como cidadão comum”, acrescentou.

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