Com informações da ONU
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Foto: Paulo Filgueiras/ GERJ

A agricultura familiar do Norte e do Nordeste do Brasil pode sofrer forte impacto nas próximas décadas, por conta das mudanças climáticas. Um estudo do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) indica que as áreas mais afetadas pelo fenômeno estão serão o semiárido e a região de savana do Nordeste — sul do Maranhão, sul do Piauí e a Bahia ocidental. Segundo o estudo, os efeitos negativos das mudanças climáticas preocupam também pelo fato de a agricultura familiar responder pela maior parte do alimento consumido domesticamente no Brasil. A região com maior elevação na temperatura será a Centro-Oeste. Porém, até o fim do século, ocorrerá elevação da temperatura no Norte e Nordeste, principalmente nas áreas centrais das regiões, com maiores variações interanuais de precipitação nos períodos de chuva. Ainda segundo a publicação, o cultivo de soja e café terá as maiores perdas, enquanto cana de açúcar e mandioca terão prejuízos menores se comparadas a outras culturas. Entretanto, conforme o estudo, com planejamento prévio e técnicas inovadoras, é possível reduzir vulnerabilidades e construir resiliências. As estratégias incluem manejo sustentável dos recursos naturais, modernização da infraestrutura para produção e armazenamento dos produtos e identificação de alternativas de geração de renda para as famílias.

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