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Bolsonaro e seu então ajudante de ordens Mauro Cid em 2019 | Foto: Adriano Machado/Reuters

Preso em operação na quarta-feira (3), o tenente-coronel Mauro Cid testemunhou propostas de golpe após o então presidente Jair Bolsonaro (PL) ter perdido as eleições para Lula, apurou o blog da jornalista Andréia Sadi.

Segundo relatos de Cid nos bastidores, colhidos pelo blog, aliados de Bolsonaro procuraram o presidente para tentar reverter o resultado das eleições com propostas de viradas de mesa.

Um deles é um ex-ministro de Bolsonaro, relatou Cid a interlocutores. O outro é o ex-deputado federal Daniel Silveira, já citado por Marcos do Val.

No relato de Cid, havia pressões a Bolsonaro para que ele “virasse o jogo”, assinando 142 e, até, que encampasse um golpe para prender ministros do STF, como Alexandre de Moraes. A partir desse roteiro, Bolsonaro convocaria novas eleições e ordenaria voto impresso. No relato do fiel escudeiro de Bolsonaro, o ex-presidente apenas ouvia as propostas de seus aliados.

Cid adota a estratégia de blindar o ex-chefe também no caso das joias: ele tentou tirar do então presidente a responsabilidade sobre a tentativa do governo de levar para o acervo pessoal as peças avaliadas em R$ 16,5 milhões recebidas da Arábia Saudita.

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