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Onça… felino baiano campeão do povo

Do Blog Tardes de Pacaembu
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Foto: Reprodução

No cenário do futebol ele ficou conhecido como Onça, marcando época principalmente quando jogou pelo Flamengo no final dos anos sessenta e início dos anos setenta. Mário Felipe Pedreira nasceu no dia 13 de julho de 1943, em Santaluz (BA). Filho de Flaviano Pedreira Filho e Augusta dos Santos Pedreira, a origem de seu apelido é contada por seu irmão Flaviano Augusto Pedreira: – “Ele havia saído no inicio da década de sessenta para estudar em Salvador, no Colégio Marista, e foi lá que colocaram o apelido nele porque nosso pai comprou um short com uma estampa que parecia o pelo de uma onça”.

Em sua juventude, Onça já se destacava no futebol amador jogando pelo Santos da cidade de Santa Luz, Luzense Esporte Clube, pela seleção de Serrinha e pelo Salinas de Margarida. Observado pelo professor Cavalcante de Brito, fanático torcedor do Galícia, Onça foi convidado para fazer testes no juvenil do Galícia em 1960. Aprovado nas seletivas, chegou rapidamente ao elenco de profissionais e assinou seu primeiro contrato, lá permanecendo até o ano de 1963. Contratado pelo Fluminense de Feira em 1964, jogou pouco mais de duas temporadas até ser transferido para o Sport Recife em 1967.

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Fluminense de Feira. Em pé: Renato, Edson Porto, Onça, Mário Braga, Maranhão Gomes e Nico. Agachados: Pinheirinho, Chinezinho, Lai, Dedé Grande e Delorme. Crédito: porsimas.blogspot.com.br.

Retornou para o Fluminense de Feira ainda em 1967, quando foi eleito como o melhor zagueiro do ano pela imprensa baiana. Naquele período, Onça foi o destaque da equipe que enfrentou o C.R Flamengo em Feira de Santana, pelas festividades de inauguração dos refletores do Estádio Joia da Princesa. Durante o jogo, Onça teve uma excelente atuação e no mesmo dia recebeu um convite dos entusiasmados dirigentes do Rubro-Negro, dispostos em levar o jogador na bagagem de volta ao Rio de Janeiro.

Conforme publicado pela revista do Esporte número 465, de Junho de 1968, o clube carioca ofereceu 80 mil cruzeiros novos mais o passe de quatro jogadores. Além disso, a diretoria do Fluminense de Feira decidiu presentear o jogador com um mimo considerável: Um automóvel Karman Guia zerinho! Onça já tinha recebido propostas concretas do América do Rio, do Palmeiras e do Santos, quando na oportunidade seu pai decidiu rasgar os bilhetes das passagens que o jogador tinha recebido com destino aos gramados da capital paulista.

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Crédito: revista do Esporte número 465 – Junho de 1968.

No início de 1968, Onça viajou ao Rio de Janeiro para se apresentar no Flamengo. No dia seguinte de sua apresentação, ignorando o cansaço e a compreensível falta de entrosamento, fez sua estréia marcando um gol do meio da rua. Considerado um dos defensores mais identificados com o Flamengo, Onça deixou saudades atuando como quarto zagueiro de um time formado por nomes como Zanata, Rodrigues Neto, Liminha, Doval, Fio Maravilha e tantos outros daquele marcante período. Ganhou notoriedade em uma partida contra o Santos pela vigilante marcação imposta ao “Rei Pelé”. A performance valeu muito prestígio e real possibilidade para servir futuras convocações da Seleção Brasileira.

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Onça em partida contra o Racing da Argentina no Maracanã em 1970. Crédito: mariofelipeonca.com.br.

Jogando pelo Flamengo, Onça conquistou a Taça Rei Mohamed V em 1968, na cidade de Casablanca – Marrocos, Taça Guanabara de 1970, Torneio Internacional de Verão de 1970 e o Torneio do Povo em 1972. Onça atuou em 164 oportunidades com o uniforme do Flamengo. Ao todo, foram 78 vitórias, 42 empates, 44 derrotas e 7 gols marcados. Os números foram publicados pelo Almanaque do Flamengo, de Clóvis Martins e Roberto Assaf. O zagueiro deixou o Flamengo no final da temporada de 1971. Sem acordo para renovação contratual, acabou recebendo da diretoria os direitos sobre seu próprio passe. Lamentavelmente, não integrou o elenco que foi campeão carioca em 1972. Voltou ao Sport Recife e depois de uma significativa passagem jogando pelo E.C Bahia, Onça foi negociado com o Sergipe no início do ano de 1974.

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O Bahia publicado na revista Placar. Em pé: Buticce, Oldair, Onça, Mário, Baiaco e Paulo. Agachados: Natal, Amorin, Picolé, Eliseu e Gilson Porto.

Campeão Sergipano em 1974, Onça encerrou sua carreira como jogador em 1978. Ainda pelo Sergipe, começou na função de treinador e conquistou o título estadual de 1980. Em maio de 1995, de acordo com o projeto de lei número 866, a Câmara municipal de Santaluz nomeou o estádio municipal com o nome de Mário Felipe Pedreira. Uma justa homenagem! Depois da carreira de treinador, onde orientou várias equipes do futebol do Nordeste, Onça passou por dificuldades financeiras e atualmente encontra-se abatido em conseqüência do Mal de Alzheimer. O ex-atleta precisou deixar Santaluz, onde morava com os irmãos, para ser internado em uma casa de atendimento filantrópico na cidade de Salvador.

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comentário(s)

3 respostas para “Onça… felino baiano campeão do povo”

  • Norma de Nery says:

    Linda homenagem Adenor onca comodiz voces (Filipe)grande amigo meu e de Nery o nosso destino so Deus sabe como sera o fim do nossos dias que deus esteja sempre do lado dele

  • Gilberto Gil says:

    Muito linda! Essa homenagem mais de quem merecido, que Deus abençoe ele onça um dos melhores jogadores do Nordeste, na posição. Um abraço ao povo luzense.

  • HAMILTON BACELAR DA SILVA says:

    O JOGADOR ONÇA FALECEU ONTEM… E SERÁ SEPULTADO HOJE, DIA 07 DE SETEMBRO DE 2017, NA SUA CIDADE NATAL, SANTA LUZ – BAHIA, ACOMETIDO DE MAL DE ALZHEIMER.

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