Com informações da Agência Estado
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Foto: Divulgação

O tamanho do estrago causado pela corrupção na Petrobras será conhecido nesta quarta-feira (22). A estatal vai divulgar os resultados financeiros dos últimos três meses de 2014. O balanço é feito pela empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC) e está cinco meses atrasado. Após a divulgação, o conselho de administração da estatal se reunirá para analisar os números. Desse balanço sairá o valor que será descontado do patrimônio da Petrobras por causa do superfaturamento de projetos, como as refinarias de Pasadena, nos Estados Unidos, e Abreu e Lima, em Pernambuco. Uma segunda preocupação é com a baixa contábil no resultado financeiro da empresa do ano passado. Este balanço pode apresentar prejuízo em 2014. Mas, não há certeza sobre isso, pois a produção de petróleo e gás natural cresceu em relação ao ano anterior e a empresa reajustou os preços da gasolina e do óleo diesel em patamares superior ao praticado no mercado internacional.

Situação embaraçosa – Ao diminuir o patrimônio, a Petrobras piora os indicadores de alavancagem, que medem o quanto dos bens estão comprometidos com a dívida. Antes dos escândalos de corrupção virem à tona, o endividamento e a capacidade de investimento, sobretudo no pré-sal, eram as principais preocupações da empresa. Agora, além da crise institucional, a petroleira tem pela frente um extenso compromisso de investimentos nos próximos anos. Parte deles serão cumpridos com dinheiro de investidores, que estão mais incrédulos na capacidade da empresa de arcar com as dívidas.

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