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Bolsonaro durante lançamento do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 | Foto: Isac Nóbrega/PR

Bolsonaro durante lançamento do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 | Foto: Isac Nóbrega/PR

O Palácio do Planalto impôs sigilo de até cem anos ao cartão de vacinação de Jair Bolsonaro. Com a medida, nenhuma informação sobre doses de vacinas que o presidente recebeu poderá vir a público por um século. A decretação do sigilo foi informada à coluna do jornalista Guilherme Amado, da revista Época, que solicitou o cartão de vacinação por meio de Lei de Acesso à Informação. A Presidência justificou que os dados “dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem” do presidente e colocou sigilo de até cem anos ao material. A medida chama atenção porque Bolsonaro atacou, diversas vezes, a imunização contra a Covid-19 e disse que não tomará a vacina. Em narrativa que minimiza a importância da vacinação, o presidente afirmou que ela não seria obrigatória no país, entendimento posteriormente contestado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também deu sobre o assunto baseadas em teorias conspiracionistas e sem amparo na ciência, como quando sugeriu que a vacina poderia transformar pessoas em jacarés por causa de eventuais efeitos colaterais. “Lá no contrato da Pfizer, está bem claro: ‘Nós não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um chimpan…, um jacaré, é problema seu”. Em maio do ano passado, o Planalto travou mais uma batalha contra a transparência em relação à saúde do presidente. Os resultados de exames de Bolsonaro para Covid só vieram a público após decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF.

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