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Campus da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Salvador | Foto: Feijão Almeida/GOVBA

Professores da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) interromperam suas atividades por 24 horas nesta segunda-feira (19). A paralisação é um protesto contra a falta de valorização das instituições de ensino e a proposta de reajuste salarial feita pelo governo, considerada insuficiente pela categoria. As informações são da Associação dos Docentes da UESB (Adusb).

No início da tarde, representantes dos docentes e do governo estadual se reúnem na Secretaria da Educação, em Salvador, para mais uma rodada de negociação. Na última reunião, o governo de Jerônimo Rodrigues (PT) apresentou uma proposta de reajuste salarial para os próximos três anos. O plano inclui o pagamento da inflação acumulada do ano anterior, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e um adicional de 1% por ano, a ser pago em janeiro, data-base da categoria.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as perdas salariais dos professores, devido à inflação, somam quase 35%. Apesar de reconhecer avanços, os docentes rejeitaram a proposta em assembleias realizadas nas quatro universidades estaduais.

O Fórum das ADs, que reúne as seções sindicais das quatro universidades estaduais da Bahia, apresentou uma nova contraproposta ao governo. A sugestão inclui a correção pela inflação do ano anterior, com base no IPCA, mais 4,5% de aumento real, a ser pago em janeiro, pelos próximos três anos. A proposta se baseia nos ganhos reais obtidos durante o governo Jaques Wagner (PT).

Além da questão salarial, os docentes reivindicam a regularização das promoções e progressões de carreira, a implementação das dedicações exclusivas pendentes e o fim da lista tríplice para a escolha de reitores.

Os professores das universidades estaduais da Bahia também aprovaram um indicativo de greve. A decisão sinaliza que a categoria pode iniciar uma paralisação por tempo indeterminado caso as negociações com o governo não avancem.

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