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Por Folhapress

Foto: Reprodução/Twitter

Em entrevista à TV americana Fox News, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que uma vitória da esquerda nas eleições de outubro deste ano fará com que esta ala se perpetue no poder.

“Se a esquerda voltar ao poder, na minha visão, nunca mais deixará o poder e este país seguirá o mesmo caminho da Venezuela, Argentina, Chile e Colômbia. O Brasil será mais um vagão deste trem”, disse Bolsonaro, em trecho de entrevista ao apresentador Tucker Carlson, exibido no horário nobre da emissora na quarta (29).

“Os perdedores serão a população brasileira e a própria esquerda. Toda a América do Sul será pintada de vermelho, se você me entende, e os EUA se tornarão um país isolado”, prosseguiu Bolsonaro.

Na última pesquisa Datafolha, o ex-presidente Lula (PT) registrou 19 pontos de vantagem, marcando 47% das intenções de voto no primeiro turno, contra 28% de Bolsonaro.

Na entrevista, o atual presidente disse que sua eleição no Brasil em 2018 foi um milagre porque não tinha espaço na mídia.

A íntegra da conversa será exibida na quinta (30). Carlson disse que conversou com Bolsonaro por mais de uma hora.

O apresentador viajou ao Brasil para fazer um documentário sobre a influência da China no país, e está conduzindo seu programa diário a partir do país esta semana.

Carlson é um dos principais âncoras da Fox News, principal canal de notícias dos EUA dedicado ao público conservador. Ele apresenta um telejornal da emissora, exibido diariamente na faixa das 20h na costa leste do país.

Ele já defendeu teorias sem provas, como a da “grande substituição”. Essa teoria defende que a entrada de imigrantes nos EUA faria parte de um plano democrata para tornar o eleitorado branco uma minoria no país e, assim, diminuir as chances do Partido Republicano vencer eleições.

Na segunda, Carlson entrevistou Felipe Martins, assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República. Na conversa, Martins disse que Bolsonaro alertou pessoalmente o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre supostos riscos apresentados pelo pré-candidato do PT ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, durante o encontro dos dois líderes na Cúpula das Américas.

Em 2021, o apresentador viajou à Hungria e entrevistou o premiê conservador Viktor Orbán.

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