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Por Bahia Notícias

Foto: Salvio Oliveira/MST

Foto: Salvio Oliveira/MST

Nomeado secretário interino de Segurança Pública da Bahia após a exoneração de Maurício Barbosa em decorrência da operação Faroeste, Ary Pereira de Oliveira protagonizou um episódio controverso em 2013.

Na época subsecretário da pasta, ele disparou tiros contra uma manifestação de integrantes do Movimento dos Sem-Terra que tentaram ocupar a sede da SSP, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), cobrando ao governo estadual agilidade nas investigações sobre a morte de um integrante do movimento no município de Iguaí.

O ato, no entanto, recebeu apoio do então governador Jaques Wagner e de Maurício Barbosa. O ex-governador defendeu o subordinado e classificou o protesto do MST como um “exagero”. Para Wagner, os disparos foram para impedir que “algo muito pior acontecesse”, neste caso, a ocupação da SSP. “As pessoas não podem confundir democracia com baderna. […] Não é razoável que a sede da Segurança Pública ou de qualquer outra secretaria seja invadida por uma porção de gente com foice, facão, enxada”, declarou o então governador baiano, em entrevista a uma rádio.

A nomeação de Ary Pereira para o cargo de secretário da Segurança Pública foi publicada nesta terça-feira no Diário Oficial do Estado (DOE) juntamente com as exonerações de Maurício Teles Barbosa e de Gabriela Caldas Rosa de Macedo, que era chefe de gabinete da pasta.

A exoneração de Barbosa aconteceu após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou o seu afastamento do cargo. Ele foi alvo de busca e apreensão, entre outras medidas, por ser apontado como suspeito de “blindagem institucional” no caso da Operação Faroeste, que atinge diretamente desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), ligados a um suposto esquema de venda de sentenças relacionadas à disputa de terras na região oeste do estado.

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