Governo da Bahia anuncia que vai manter congelamento de ICMS sobre combustíveis por mais dois meses
Por g1 BA
O governo da Bahia anunciou nesta quinta-feira (27) que vai continuar com o congelamento dos preços de referência para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis por mais 60 dias.
A medida ocorre em meio à alta dos combustíveis, provocada pelo aumento do petróleo no mercado internacional e pela disparada do dólar – fatores levados em conta pela Petrobras para reajustar os preços.
O governo baiano afirmou que tem a expectativa de que o governo federal e a Petrobras promovam a revisão da política de preços da empresa, os estados estabeleceram o congelamento por 90 dias, a partir de 1º de novembro de 2021, dos valores de referência sobre os quais incide a cobrança do ICMS dos combustíveis.
Desde então, conforme o governo, os preços continuaram com aumentos e a gasolina, é vendida atualmente nos postos baianos pelo valor médio de R$ 6,90.
O governo afirmou que enquanto os preços ao consumidor continuaram com aumento, tanto a alíquota quanto o preço de referência para cobrança do ICMS permanecem congelados.
Os governadores dos estados brasileiros chegaram a anunciar, em meados deste mês, que o congelamento do ICMS sobre combustíveis não seria renovado, mas recuaram.
Nesta quinta-feira (27), em reunião do Confaz, os estados decidiram prorrogar por mais 60 dias o congelamento. O governo baiano relatou que espera que o governo federal adote soluções estruturais para a estabilização dos preços dos combustíveis.
“A atual situação só está beneficiando a Petrobras e seus acionistas: a empresa registrou lucro líquido de R$ 135 bilhões e receita líquida de R$ 393,4 bilhões em um ano. Para se ter uma ideia, a receita líquida da Petrobras em doze meses equivale a quase oito vezes o orçamento do Estado da Bahia, que presta serviços a 15 milhões de baianos”, disse o governo baiano, em nota.
Sindicato questiona
O Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniência do Estado da Bahia (Sindicombustíveis Bahia), afirmou que tomou conhecimento, por meio dos associados, que a Acelen, atual operadora da Refinaria Mataripe, não estaria cumprindo o congelamento do ICMS da gasolina e do diesel.
O presidente do sindicato, Walter Tannus Freitas, afirma que a Acelen apresenta justificativa interpretativa em desacordo com o decreto, que resulta em valores adicionais, que aumenta o custo dos produtos para os consumidores.
O Sindicombustíveis Bahia teve uma reunião virtual com o gerente de Relações Institucionais da Acelen, Bernardo Araújo, e diretores do sindicato, na quarta-feira (26), e afirma que foi informado que a Acelen enviou ofício à Secretaria da Fazenda da Bahia (Sefaz-BA) com pedido de esclarecimentos sobre o decreto.