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Por Gerson Camarotti

Foto: Evandro Leal/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Em paralelo ao projeto eleitoral de tentar uma cadeira ao Senado pelo estado de São Paulo, o ex-ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro já confidenciou a interlocutores a intenção de fundar um instituto de combate à corrupção.

A ideia é que a sede do instituto funcione em São Paulo, onde estão localizadas as maiores empresas do país. O mote “Faça a coisa certa” será o principal conceito do futuro instituto.

Embora aponte retrocesso no enfrentamento da corrupção na classe política, Moro diz que a Operação Lava Jato resultou em um “salto institucional” para empresas, que passaram a adotar regras rígidas de compliance. Ele tem argumentado que é preciso reforçar esse conceito para que a cultura da corrupção seja enfrentada em várias frentes.

O ex-ministro atuou em várias ações da Lava Jato, que investigou um esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras. Ele era juiz titular da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, especializada em crimes financeiros e de lavagem de ativos, na qual tramitou grande parte das investigações.

Nesta terça-feira, durante o lançamento da pré-candidatura a presidente de Luciano Bivar pelo União Brasil, Moro, que é filiado ao partido, foi questionado se tentará a vaga ao Senado ou disputará o governo de São Paulo.

“Ainda estou tomando minha decisão. Fico feliz por ser lembrado para disputar diversos cargos. Isso revela força eleitoral. É claro que essas decisões têm que ser muito ponderadas. Não só individualmente, como dentro do partido”.

Segundo ele, a decisão será tomada até o prazo-limite das convenções partidárias (entre 20 de julho e 5 de agosto) que escolherão os candidatos.

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