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Por O Globo

Foto: TV Globo/ Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse nesta segunda-feira (3) que “não morreu ainda” e que “não é justo alguém querer dividir” seu espólio, em referência à sua sucessão como representante da direita para as eleições de 2026. A declaração foi feita em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan.

Bolsonaro está impedido de disputar um cargo público até 2030 e se tornou o primeiro ex-presidente na História a perder os direitos políticos em um julgamento no TSE. Na sexta-feira, a Justiça Eleitoral entendeu que o ex-presidente praticou abuso de poder político e usou indevidamente meios de comunicação ao atacar, sem provas, as urnas eletrônicas em uma reunião com embaixadores às vésperas da campanha do ano passado.

Quando questionado qual seria sua “bala de prata” que declarou ter para a próxima eleição presidencial — o comentário foi feito em entrevista à Folha de S.Paulo na semana passada —, Bolsonaro disse não ver hoje alguém com conhecimento suficiente do país para substituí-lo. Ele citou os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG) como lideranças da direita, mas sem considerá-los possíveis sucessores.

“Eu tô na UTI, não morri ainda. Não é justo alguém querer dividir o meu espólio”, afirmou.

Em seguida, após afirmar não querer “dar conselho para o Zema”, Bolsonaro pediu “calma” aos potenciais sucessores. Para ele, as lideranças que se colocarem como presidenciáveis desde já se tornarão alvo de ataques e serão mais escrutinados pela sociedade.

“Eu não vou dar conselho para o Zema, mas quem queimar largada agora vai levar tiro de bazuca no lombo. Então vai com calma. Tem tempo ainda. 2026 passa por 2024”, afirmou.

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