Pesquisadores baianos desenvolveram geleias a partir de espécie de cacto comum na Caatinga
Um grupo de pesquisadores em Paulo Afonso, no norte da Bahia, desenvolveu doces utilizando o xique-xique, um cacto muito comum na Caatinga e valorizado por sua utilidade na alimentação animal em épocas de escassez. Os doces são nutritivos, contendo vitaminas e minerais essenciais.
A iniciativa visa oferecer opções gastronômicas distintas e atender consumidores com restrições dietéticas. Os pesquisadores consideram-se pioneiros na produção de geleias feitas com Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) e buscam aumentar a renda dos agricultores locais, promovendo o cultivo do xique-xique devido à sua baixa demanda por água e insumos.
Os próximos passos envolvem estabelecer parcerias com agricultores para o fornecimento de matéria-prima e garantir os recursos necessários para a produção dos doces. Dhonatas Rodrigues, um dos pesquisadores, destaca a importância de conscientizar os proprietários de terras locais sobre o potencial lucrativo do cultivo do xique-xique. “Mostraremos o quão rentável pode ser o cultivo dessa planta, tendo em vista que há pouca necessidade de água e insumos, produzindo renda para os mesmos”.
O grupo de pesquisadores também inclui Iago Filipe Silva, Johnisson de Souza e Tatiane Ferreira.
O projeto é financiado pelo Edital Centelha, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), e conta com o apoio do Colegiado de Desenvolvimento Territorial (Codeter).
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