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Foto: Guilherme Pupo/g1

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou em entrevista ao g1 e à TV Globo que falta espaço no orçamento federal para bancar os subsídios de energia, um dos itens que mais pesam na conta de luz dos consumidores.

Esses subsídios, agrupados na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), devem totalizar R$ 37 bilhões em 2024, sendo R$ 33 bilhões pagos diretamente pelos consumidores na conta.

A inclusão da CDE no orçamento federal é vista pelo setor elétrico e pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, como uma possível solução para conter o aumento das tarifas.

O secretário do Tesouro, no entanto, adverte que essa medida pode ter um efeito contrário ao pretendido, comprometendo o equilíbrio fiscal e gerando consequências como aumento do câmbio, inflação e impacto na população de menor renda.

“Como a realidade do dia de hoje mostra, o país vive um equilíbrio muito tênue, então qualquer ruído, seja de fora ou interno, gera consequências imediatas sobre todos os indicadores como sobre o câmbio. E o câmbio gera inflação, que afeta a população de menor renda. Certamente não é o objetivo de nenhum gestor público tomar qualquer medida que vai afetar diretamente a população”, afirmou Rogério Ceron.

O governo federal publicou neste mês uma medida provisória com o objetivo de reduzir as tarifas de energia no curto prazo. No entanto, especialistas alertam para o potencial aumento do custo para o consumidor ao longo dos anos.

Diante da repercussão negativa da medida provisória e da necessidade de soluções estruturais, o governo reuniu especialistas no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Lula, para discutir alternativas para reduzir as contas de luz.

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