PF apura se grupo ligado a Bolsonaro negociou mais uma joia nos Estados Unidos
Por GloboNews e TV Globo
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, confirmou nesta terça-feira (11) a descoberta de mais uma joia e apura se o item foi negociado pelo grupo ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, informou em um café mais cedo com jornalistas a existência dessa nova joia. Também na manhã, o jornal “O Globo” divulgou detalhes sobre as diligências.
A descoberta da joia ocorreu durante uma apuração feita por uma equipe da PF nos Estados Unidos. A ação foi realizada em parceria com o FBI. Os investigadores apuram se o item foi desviado do acervo da Presidência da República e comercializado em solo norte-americano por aliados de Bolsonaro.
Em conversa com jornalistas nesta terça, Andrei Rodrigues não deu detalhes sobre de qual joia se trata, nem valores. Também não esclareceu se o item foi recuperado ou não.
De acordo com o diretor-geral da PF, o inquérito das joias, que apura a possível prática de peculato (desvio de dinheiro público) por parte de agentes da gestão Bolsonaro, deve ser concluído ainda neste mês de junho.
À imprensa, Andrei Rodrigues afirmou que a descoberta dessa nova joia é importante para as investigações sobre o grupo de Bolsonaro.
“Houve um encontro de um novo bem vendido ou tentado ser vendido no exterior. Tecnicamente tem o poder de robustecer a investigação que tem sido feita. Desde a apreensão no aeroporto, até hoje. Expectativa é concluir em junho [o inquérito da joia]”, declarou.
Inquérito das joias
A investigação apura se Bolsonaro e seu entorno se apropriaram indevidamente de joias milionárias dadas de presente a ele quando era presidente do Brasil.
Investigações da PF mostram que os itens começaram a ser negociados nos EUA em junho de 2022.
Entre as peças, estava um kit de joias composto por um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico entregue a Bolsonaro em uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019.