Eleição para o Senado quebra mitos na Bahia
Mais eletrizante do ponto de vista da disputa pessoal, o embate entre Geddel Vieira Lima (PMDB) e Otto Alencar (PSD) para o Senado neste domingo (5) encerrará paradigmas de dois nomes antigos do cenário político baiano. Ambos concentram as intenções de votos nas pesquisas. Enquanto Geddel naufragou na única tentativa de disputa da eleição majoritária em 2010, Otto nunca disputou tal eleição – foi vice em mais de uma oportunidade, mas nunca cabeça para pedir votos. Ambos possuem vasta experiência, no entanto, na batalha por votos para o legislativo. Enquanto o vencedor confirmará um mito, o derrotado enterrará outro. Caso Geddel ganhe a disputa, Otto não será mais reconhecido como o homem forte do interior do estado – parte do cancioneiro político da Bahia. No caso de uma vitória de Otto, Geddel amargará a segunda derrota consecutiva para uma eleição majoritária e, após acirrar os ânimos entre o PMDB e o Palácio do Planalto, dificilmente conseguirá uma realocação como aconteceu em 2010, quando assumiu uma diretoria na Caixa Econômica Federal. A eleição 2014 quebra ao menos um mito. E constrói outro.