Com informações do G1 e da BBC Brasil
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Carro da Polícia Federal: a operação ocorre nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia | Foto: Sergio Moraes/ Reuters

A Operação Lava Jato, que começou em março de 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, chegou à 24ª fase nesta sexta-feira (4). Segundo a Polícia Federal (PF), a operação ocorre na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, e em outros pontos em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia. O Instituto Lula também é alvo da ação da PF. O ex-presidente é alvo de um dos mandados de condução coercitiva e será levado para prestar esclarecimentos, segundo a Polícia Federal. Às 8h36, ele foi levado para depor à PF em um carro descaracterizado e encaminhado ao Aeroporto de Congonhas. O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, também é alvo de outro mandado de condução. A PF também cumpre mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente Lula, na casa e empresa dos filhos dele e no sítio que era constantemente frequentado por Lula, em Atibaia. Ao todo, foram expedidos 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva – quando a pessoa é intimada para prestar depoimento. Duzentos policiais federais e 30 auditores da Receita Federal participam da ação, que foi batizada de “Aletheia”. O termo é uma é uma referência a uma expressão grega que significa “busca da verdade”. No Rio de Janeiro, os mandados estão sendo cumpridos na capital, assim como na Bahia. Já em São Paulo, os municípios em que a operação é realizada são: São Paulo, São Bernardo do Campo, Atibaia, Guarujá, Diadema, Santo André e Manduri.

A ação está sendo realizada um dia depois de a revista ISTOÉ ter revelado o suposto conteúdo da delação premiada do senador do PT Delcídio Amaral, em que acusaria o ex-presidente de ter mandado comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, e de outras testemunhas. De acordo com a PF, a Operação Aletheia investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Na quinta-feira, em nota, o Instituto Lula afirmou que “o ex-presidente Lula jamais participou, direta ou indiretamente, de qualquer ilegalidade, seja nos fatos investigados pela operação Lava Jato, ou em qualquer outro, antes, durante ou depois de seu governo”. A operação de hoje, batizada de Aletheia, envolve cerca de 200 agentes da PF e 30 auditores da Receita Federal, que também estiveram em endereços na Bahia e no Rio de Janeiro.

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