STF autoriza quebra de sigilos bancário e fiscal de ministro do PMDB
Do G1 e da TV Globo, em Brasília
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira (20) a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ministro do Planejamento, Romero Jucá, dentro de investigação sobre suposto desvio de verbas federais em obras municipais. Os dados, referentes a período entre março de 1998 e dezembro de 2002, foram pedidos pelo Ministério Público num inquérito aberto em 2004 no Supremo. O advogado do ministro, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse que ainda não foi notificado da decisão. Ele afirma que, desde o início do caso, os sigilos foram colocados à disposição da Justiça. O inquérito aponta que Jucá, como senador, elaborava emendas parlamentares (verbas inseridas no Orçamento por deputados e senadores) direcionando recursos federais para o município de Cantá (RR). A Procuradoria Geral da República diz ter evidências de que o prefeito da cidade na época dos fatos, Paulo Peixoto, teria realizado licitações superfaturadas e repassado a Jucá parte das verbas, a título de comissão pela apresentação das emendas.