Adolescente de 17 anos foi levado entregue à polícia pelo próprio avô | Foto: Notícias de Santaluz

Um aposentado de 71 anos entregou o próprio neto, de 17, à Polícia Militar na tarde deste sábado (8), depois de descobrir que o adolescente tinha tentado assaltar uma farmácia na região central de Santaluz. O caso aconteceu na noite de sexta-feira (7). A informação inicial era de que o menor tinha levado dinheiro, mas, de acordo com o dono da farmácia, que também funciona como correspondente bancário, o caixa estava vazio no momento do crime e nenhuma quantia foi roubada. 

Aos policiais, o idoso disse que ficou sabendo do crime horas depois do ocorrido, e foi informado por pessoas próximas que seu neto teria sido o autor. “Esperei por ele a madrugada toda, mas ele não apareceu. Somente hoje uma pessoa disse ter visto ele e fui ao seu encontro. Ele contou que passou a noite escondido no meio do mato, com medo de ser pego pela polícia”, afirmou o aposentado, que reside em uma fazenda no povoado de Rio do Peixe, no limite entre os municípios de Santaluz a Queimadas. Questionado pelos policiais, o menor, que revelou ser usuário de drogas, disse que entrou na farmácia armado com um facão na cintura e anunciou o assalto. Ele disse que queria dinheiro para retornar para São Paulo, de onde veio há cerca de seis meses para morar com o avô.

“A mãe me pediu para tomar conta dele há uns seis meses, mas não me contou que ele aprontava essas coisas. Tanto que tomei um susto quando me contaram que ele tinha feito isso. Assim que o encontrei fiz questão de apresentar ele à policia. Soube que os policiais estavam à procura dele e inclusive estiveram na minha casa na manhã de hoje, pois já tinham identificado ele como autor do crime. Ele não estava, mas me comprometi a entregá-lo assim que o encontrasse. Não era o que eu queria, mas foi a coisa certa a fazer. Irei providenciar o retorno dele para perto da mãe assim que a situação for resolvida”, lamenta o aposentado.

O adolescente foi entregue ao avô na presença do Conselho Tutelar, que acompanhará o caso e deverá pedir acompanhamento social e psicológico para o menor.

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