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Por G1 BA

Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya | Foto: Getty Images

Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya | Foto: Getty Images

As doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti infectaram 2.292 pessoas na Bahia nas cinco primeiras semanas deste ano, de acordo com o Ministério da Saúde. O número corresponde a uma média de 65 pessoas infectadas por dia. Do total de pessoas infectadas pelo mosquito, 1.815 tiveram dengue, 441 chikungunya e 36 tiveram zika. Só em 2019, segundo a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), mais de 65,5 mil casos de dengue foram notificados no estado, um crescimento de 603% em relação a 2018. “Nós temos que nos preocupar com a epidemia que está aí, presente em Salvador e no estado da Bahia, que é dengue, zika e chikungunya. Coronavírus é apenas uma gripe forte”, explica o virologista e pesquisador da UFBA, Gúbio Soares. Os baianos têm tido uma preocupação maior com o coronavírus por causa da repercussão mundial da doença, mas o pesquisador alerta que os números referentes às doenças causadas pelo Aedes aegypti são mais preocupantes. Na Bahia, não há caso confirmado de coronavírus. Segundo a Sesab, o estado registrou 49 casos suspeitos de coronavírus e 32 deles foram descartados. Sobre a dengue, o pesquisador Gúbio Soares destaca que os tipos 1 e 2 da dengue, que não circulavam pela Bahia há cerca de 10 anos, voltaram a ser registrados no estado. “É preocupante porque eu já tive dengue tipo três, há muitos anos. Se eu adquirir dengue tipo 2 corro risco sério de ter uma complicação maior, posso ter síndrome de guillain-barré, dengue hemorrágica e ir a óbito”, revela.

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