Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa e ex-ministro – Ailton de Freitas / Agência O Globo

Reportagem do jornal O Globo, publicado na edição desta quarta-feira (20), afirma que o presidente do PMDB da Bahia, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, atuou no banco, na Secretaria da Aviação Civil da Presidência e junto à prefeitura de Salvador para atender a diferentes interesses da construtora OAS. Segundo a reportagem, a intensa troca de mensagens do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, com Geddel indicaria supostamente que o ex-parlamentar fez pedidos de recursos à empreiteira para campanhas de aliados no interior da Bahia e para sua própria candidatura ao Senado em 2014 pelo PMDB, quando foi derrotado na disputa. Geddel também teria pedido um emprego na OAS para um diretor da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Há referência de Geddel nas mensagens, por exemplo, a respeito do aumento das chances da OAS de participar de concessões de aeroportos: “a solução nos contempla”. A troca de mensagens entre Geddel e Pinheiro apareceria com detalhes em relatório da Polícia Federal sobre as mensagens no celular do empreiteiro, apreendidos num mandado de busca. No relatório, a PF afirma: “Geddel aparece em algumas oportunidades solicitando valores para Léo Pinheiro, em especial relacionado ao termo ‘eleição’ e outros apoios. Já Léo Pinheiro demonstra ver em Geddel um agente político que pode ajudar na relação da OAS com órgãos e bancos (Caixa, por exemplo)”. No relatório aparece também mensagens de 2013, em que Geddel, como vice-presidente da Caixa, atuava junto a Moreira Franco (PMDB-RJ), ministro da Aviação Civil para atender a um pleito de Pinheiro para que concessionárias de aeroportos pudessem participar de novos leilões. “Martelo batido: pode participar. Aí está mensagem que acabo de receber de MF (Moreira Franco). Me disse ele que solução nos contempla. Parabéns”. Em mensagens antes da solução do caso, Geddel afirmava: “Soube que a tia fechou questão nisso, lero de monopólio etc. Estou pressionando muito, a tia tá muito dura”. A tia seria Dilma Rousseff.

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