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Por Catraca Livre

Crédito: Rodolfo Buhrer /La Imagem/Fotoarena/Folhapress

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O ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (24). O estopim da saída do ex-juiz do governo Bolsonaro foi a exoneração de Maurício Leite Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. No discurso de saída, Moro disse que, quando foi convidado por Bolsonaro para o cargo, foi “prometido carta branca para nomear todos os assessores, inclusive da PF. Sobre a exoneração de Valeixo, Moro disse que “não tinha causa para essa substituição” e que “estava claro que o que estava acontecendo era indicação politica”. “Está claro que o presidente realmente me quer fora do cargo”, disse Moro sobre seu pedido de demissão. O ex-ministro da Justiça também alfinetou Bolsonaro pelas interferências na PF e disse que isto não aconteceu no governo do PT. “É certo que o governo da época [Dilma] tinha inúmeros defeitos, aqueles crimes gigantescos de corrupção. Mas foi fundamental a autonomia da PF, essa autonomia foi mantida. Considerado um dos “superministros” de Jair Bolsonaro, Moro viu seu prestigio no Palácio do Planalto declinar nos últimos meses. Um dos motivos de Bolsonaro “fritar” o ex-juiz da Lava-Jato era que a PF pudesse avançar nas investigações contra o seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), suspeito de desviar recursos de seus antigos assessores na Assembleia Legislativa do Rio.

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