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Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano.

A aprovação do casamento gay na Irlanda por meio de um referendo realizado no fim de semana foi apontada pelo Vaticano como uma “derrota para a humanidade”. Embora o papa Francisco ainda não tenha se pronunciado a respeito da histórica votação, o secretário de Estado (um dos cargos hierárquicos mais altos da Santa Sé), cardeal Pietro Parolin, não escondeu a insatisfação com o resultado. De acordo com o Deutsche Welle, em entrevista à Radio Vaticano, na terça-feira (26), Parolin disse que estava “muito triste com este resultado”, acrescentando que o referendo mostra que a Igreja precisa se concentrar em “seu compromisso com a evangelização”. Os comentários de Parolin destacam o choque instaurado no Vaticano, após uma avalanche de votos na tradicionalmente católica Irlanda ter permitido que homossexuais se casem – apenas 22 anos depois da descriminalização de atos homossexuais no país. A votação – e o resultado – na Irlanda impulsionou reivindicações por direitos mais amplos para casais homossexuais em outras partes da Europa, incluindo a Itália – o único país da Europa Ocidental que não permite que parceiros do mesmo sexo assinem uniões civis. O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, tem dito que está preparando uma legislação que permita criar uniões civis para casais gays. Na Alemanha, que já permite uniões civis, a pressão está aumentando sobre os democrata-cristãos, partido da chanceler federal alemã Angela Merkel, de recuarem de sua postura de oposição ao casamento gay.

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