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Foto: Reprodução/Redes Sociais

A presidente da Câmara de Santaluz, vereadora Jó, abriu o jogo na quarta-feira (7) e explicou por que suspendeu a votação que poderia liberar pelo menos R$ 45 milhões para a Prefeitura remanejar no orçamento de 2025. Sem rodeios, ela disse que, até agora, o prefeito Arismário Barbosa Júnior não conseguiu provar que o município precisa, de fato, desse novo crédito extra com urgência.

Tudo começou na semana passada, quando a votação estava na pauta, mas o clima esquentou e Jó acabou suspendendo a sessão (lembrar). Vereadores lembraram que, no começo do ano, já tinham autorizado a Prefeitura a remanejar até 20% do orçamento e que esse dinheiro nem foi usado ainda. A pergunta que ficou no ar foi: se ainda tem recurso parado, por que pedir mais?

Jó não deixou dúvidas na explicação. “A gente entende que o município não tem necessidade urgente dessa abertura de crédito. Por isso, suspendemos a sessão. A gente precisa dialogar, entender direitinho pra onde esse dinheiro vai”, disse a presidente. Ela também reforçou que a Câmara não vai travar nada que seja, de fato, necessário para a cidade, mas deixou claro que precisa ver motivos concretos. “Estamos aqui como funcionários do povo, fiscalizadores dos recursos públicos. Quando a gestão apresentar uma justificativa real, podem ter certeza de que todos os vereadores estarão prontos para votar e aprovar”, completou.

Só que o clima de acirramento entre o Legislativo e o Executivo é ainda maior. Mesmo tendo a maioria dos vereadores na base — 10 dos 13 —, Arismário vem colecionando dores de cabeça na Câmara. As dificuldades do prefeito para manter a base alinhada já tinham ficado evidentes nas duas derrotas consecutivas que ele sofreu nas eleições para a presidência da Casa.

Aliados próximos dizem, nos bastidores, que o prefeito tem falhado na articulação política e que anda mais preocupado em conquistar vereador da oposição do que em ouvir quem esteve do lado dele na reeleição. “Ele deveria fortalecer quem segurou a barra com ele. Em vez disso, está tentando agradar quem já era contra. Assim fica difícil”, desabafou um vereador do grupo do prefeito, pedindo anonimato.

Até agora, a Câmara ainda não marcou nova data para retomar a discussão sobre o pedido de crédito.

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