Santaluz: fiéis participam de procissão e lotam igreja no Dia de Santa Luzia
Fiéis e devotos lotaram a Igreja Matriz de Santaluz nesta terça-feira (13) para celebrar o Dia de Santa Luzia, padroeira do município. A programação foi aberta durante a madrugada, com uma alvorada, e seguiu com missas ao longo do dia -às 6h, 8h, 10h e 17h-, sendo encerrada com a tradicional procissão pelas principais ruas e avenidas da cidade.
A missa das 10h foi presidida pelo bispo diocesano Dom Hélio Pereira dos Santos, que destacou a importância dos festejos. “É um momento que agrega, que junta pessoas de diversos lugares em torno da fé, do exemplo de Santa Luzia, que foi ardente na defesa da fé. Então, é um momento de alegria saber que Deus se faz presente, se faz notável pela intercessão de Santa Luzia, pela participação das pessoas e pelo testemunho de fé”, disse o bispo em entrevista a uma equipe da pastoral da Comunicação.
Santa Luzia nasceu na Itália, em Siracusa, no fim do século III, em uma família rica, que lhe ofereceu boa formação cristã, a ponto de ter feito um voto de viver em virgindade perpétua. Depois que seu pai faleceu, Luzia soube que estava prometida a um casamento. Sendo assim, ela quis um tempo para o discernimento. Então, convidou sua mãe para que fossem a Catânia, em romaria, em busca pela cura de sua mãe, que estava enferma.
Chegando lá, o milagre aconteceu e elas voltaram com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e aos sofrimentos pelos quais passaria dali em diante. Depois disso ela vendeu tudo, doou aos pobres e passou por várias perseguições de autoridades por querer se manter virgem, mas nenhuma ameaça a fez mudar de ideia e casar. De forma cruel, uma espada tirou a vida de Santa Luzia, decapitada em 304.
Relatos contam que antes de matá-la teriam lhe arrancado os olhos. Por isso, ela é reconhecida pela vida que levou Jesus, a Luz do Mundo, até as últimas consequências, pois testemunhou diante dos acusadores dizendo: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade”.
Ainda segundo relatos, o episódio da cegueira, que a iconografia representa, deve estar ligado ao seu nome Luzia/Lúcia derivado de lux (= luz), elemento indissolúvel unido não só ao sentido da vista, mas também à faculdade espiritual de captar a realidade sobrenatural.
Além da celebração a Santa Luzia, também conhecida como a protetora dos olhos, o dia 13 de dezembro marca outra importante data: a sociedade comemora o Dia Nacional do Cego – data criada por decreto pelo então presidente da República, Jânio Quadros, em 1961 com o objetivo de incentivar a solidariedade.
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