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Foto: Notícias de Santaluz

Santaluz amanheceu movimentada nesta quarta-feira (1º). Era dia de posse na Câmara Municipal, com os treze vereadores eleitos para a legislatura 2025-2028 assumindo seus cargos. Foram empossados Pedro do Salão (PSB), Vanvan do Mucambinho (PSB), Juninho Sacramento (Avante), Santinho (MDB), Sérgio Suzart (Avante), Higor de Paulo (MDB), Luizão (MDB), Jó (PSB), Milson do Pereira (PSD), Jeová da Serra Branca (União), Peu (PSD), Paulão (União) e Louro do Rio Verde (PT).

Mas o que roubou a cena foi o capítulo final de uma disputa que vinha esquentando nos bastidores. Sérgio Suzart foi reeleito presidente da Câmara, deixando o prefeito Dr. Arismário (Avante) em uma posição complicada no tabuleiro político.

Logo depois da cerimônia de posse, que reuniu autoridades e moradores, veio a votação para a mesa diretora. E, mais uma vez, Sérgio mostrou que sabe jogar. Reconduzido ao cargo, ele inicia seu terceiro mandato consecutivo à frente do Legislativo. Ao lado dele, estarão Jeová da Serra Branca como vice-presidente, Paulão como primeiro secretário e Louro do Rio Verde como segundo secretário.

Apesar de serem do mesmo partido, Sérgio Suzart e Arismário protagonizaram uma disputa que expôs fissuras no grupo. Fontes ouvidas pela reportagem revelaram que o prefeito apostou em Pedro do Salão para a presidência, mas falhou na hora de costurar o apoio dos vereadores. Enquanto isso, Sérgio se movimentava nos bastidores e conseguiu os votos necessários para virar o jogo.

“Estamos aqui para trabalhar juntos e garantir que as demandas da nossa cidade sejam priorizadas, como temos feito até agora. O Legislativo continuará sendo uma ponte de diálogo com todos, independentemente das bandeiras partidárias”, afirmou o presidente reeleito.

Foto: Notícias de Santaluz

Aliados avaliam que a derrota escancarou a fragilidade da liderança de Arismário dentro de um grupo que conta com dez dos treze vereadores eleitos. O revés na Câmara veio na esteira de outro tropeço. Na semana passada, o prefeito de Santaluz tentou viabilizar sua candidatura à presidência do Consórcio Público de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sisal (Consisal). No entanto, sem alianças suficientes, viu a prefeita de Lamarão, Pró Ninha (PT), ser eleita por unanimidade.

A lição que fica é que a política tem um ritmo próprio, e a dinâmica dela pode virar o jogo rapidamente. Em outubro, Arismário saiu das urnas com uma vitória expressiva, demonstrando força e liderança no município. Mas, logo depois, o cenário mudou. Uma sequência de adversidades e decisões controversas colocou sua posição em xeque no tabuleiro político, deixando claro o quanto esse jogo pode ser imprevisível.

Segundo aliados, aquela articulação que garantiu ao prefeito a vitória nas urnas deu lugar a um distanciamento que começou a incomodar até os mais próximos.

Para muitos, a postura mais afastada de Arismário nos últimos meses criou brechas que agora ameaçam sua base. Esse cenário preocupa, já que, na política, alianças são fundamentais para manter a estabilidade e o apoio necessário para governar.

A questão é que, com essa postura mais distante, até aliados podem virar adversários. A ausência de diálogo e estratégias claras pode comprometer não só o equilíbrio da base, mas também a condução dos próximos desafios de governo.

Arismário inicia o segundo mandato nesta quarta-feira em um cenário em que precisa não só administrar a cidade, mas também reconquistar a confiança daqueles que o ajudaram a continuar no poder. Porque, na política, como no xadrez, é preciso manter todas as peças alinhadas para evitar surpresas no tabuleiro.

Notícias de Santaluz

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