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Populares gritam ‘fora Dilma’, durante feira de construção em São Paulo | Foto: Marcos Alves/O Globo

A presidente Dilma Rousseff foi vaiada e alvo de gritos como “pega ladrão!” e “fora, fora, fora!” antes mesmo de chegar para a abertura do 21º Salão Internacional da Construção, nesta terça-feira no pavilhão do Anhembi, em São Paulo. A visita de Dilma ao salão estava marcada para começar às 10h. Mas, por volta deste horário, mesmo com a presidente sem ainda chegar, ela começou a ser vaiada por um grupo que avistou os jornalistas e, assim, concluiu que a presidente já estava no local. O grupo era formado por pessoas que trabalhavam no evento, já que ele não estava ainda aberto ao público. Jailton Assis, de 37 anos, que faz “trampo de pintor por estar desempregado” era um dos que vaiaram Dilma, “acreditando que ela já estava” no Anhembi. – Ela falou bonito antes das eleições. Mas deixou a desejar, enganou a gente, fez um monte de promessas que não cumpriu. O Brasil voltou a regredir – declarou o pintor. O local foi inspecionado pela assessoria de Dilma, que propôs um caminho alternativo para que ela chegasse ao pavilhão sem passar pelas vaias. Mas não adiantou. Quando ela chegou, por volta das 11h, foi vaiada por todos os pontos por onde passou, com sonoros gritos de “Fora, fora, fora!”. As vaias duraram cerca de cinco minutos, e a presidente não reagiu a elas.

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A presidente Dilma chega a feira realizada em São Paulo | Marcos Alves/O Globo

Esta é a primeira de uma série de viagens que a presidente fará nesta semana. Nesta quarta-feira, ela irá a Rio Branco (Acre), onde visitará áreas atingidas pela cheia do Rio Acre e fará entregas de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. Na quinta, informou a Secretaria de Imprensa, a presidente irá ao Rio de Janeiro. Dilma retornou a Brasília no início da tarde. O encontro que ela teria com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira em São Paulo foi transferido para a capital federal. Na segunda-feira, Lula se reuniu com centrais sindicais, integrantes do MST, da OAB, da CNBB e da UNE para, segundo a assessoria do Instituto Lula, discutir a reforma política. Mas os protestos em defesa da Petrobras – marcados para a próxima sexta-feira em várias cidades do país – também entraram na pauta.

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