Tia de Lázaro Barbosa soube da morte dele pela televisão: ‘A gente sabia o fim, mas fica abalada do mesmo jeito’
A tia de Lázaro Barbosa, criminoso que foi baleado após uma megaoperação de 20 dias em Goiás, contou ao G1 que ficou sabendo da morte dele pela televisão, nesta segunda-feira (28). Ela mora em Barra do Mendes, no sudoeste da Bahia, mesma cidade onde o sobrinho nasceu.
Lázaro era procurado após a morte de quatro pessoas de uma mesma família em Ceilândia, no Distrito Federal, em 9 de junho. Além disso, ele também havia sido condenado por assassinatos e estupros, e era considerado foragido por uma série de crimes na Bahia, no Distrito Federal e em Goiás.
Lázaro morreu aos 32 anos, na manhã desta segunda, após ser atingido por vários disparos em Águas Lindas (GO), durante um confronto com policiais de uma força-tarefa. A polícia ainda não detalhou como foi o confronto.
A tia, Zilda Maria, contou que estava em uma agência de pagamentos de conta de luz, em uma cidade vizinha, quando ficou sabendo da morte de Lázaro pela televisão. Pelo celular, ela chegou a ver vídeos em que o criminoso aparece baleado, com sangue no abdômen e rosto, sendo carregado por policiais.
“Eu estava esperando atendimento, assistindo e vi na televisão. É uma coisa que a gente tem que se conformar, mas na hora que a gente vê as imagens… Eu estou abalada. Ainda não sei como está a mãe dele, mas ela não deve estar bem. Está com o celular desligado. Eu também não estou legal com essa notícia, mas a gente tem que aguentar”.
“A gente já sabia o final dele, depois de tudo isso, mas a gente fica abalada do mesmo jeito. Ele aprontou muito, cometeu crimes, mas é do nosso sangue. Em um momento da vida ele foi uma pessoa querida, então a gente sente”.
Zilda disse ao G1 que ainda não sabe o que a família vai fazer com o corpo, nem em que estado ele será sepultado.
“Ainda não sei como a gente vai fazer com o corpo, se vai enterrar lá ou aqui. Eu vi a imagem dele morto e na hora passou até a fome. Mas agora todo mundo vai viver em paz. Estava todo mundo com medo, até a gente aqui. Mesmo sabendo que ele não viria para cá, a gente perdia noites de sono”.