Países e cidades da Europa anunciam medidas de restrição em meio ao aumento de casos de Covid e disseminação da ômicron
Por g1
Países e cidades da Europa voltaram a anunciar medidas para conter o avanço da Covid-19 com a crescente contaminação pela variante ômicron. Na Holanda, um lockdown foi imposto por três semanas. Paris, um dos principais destinos turísticos mundiais, cancelou a festa de réveillon. O prefeito de Londres afirmou que novas restrições são “inevitáveis”.
Alguns países já estimam que a ômicron se tornará dominante no próximo mês.
Lockdown na Holanda
O novo lockdown para conter a ômicron teve início neste domingo na Holanda. As medidas valem até 14 de janeiro. Todas as lojas, restaurantes, bares, cinemas, museus e teatros não essenciais deverão ficar com as portas fechadas. Para as escolas, o fechamento vale até 9 de janeiro.
O governo determinou que o número de convidados que as pessoas podem receber em suas casas deve ser reduzido de quatro para dois, exceto no dia de Natal, 25 de dezembro.
“Isso [lockdown] é inevitável com a quinta onda e com a ômicron se espalhando ainda mais rápido do que temíamos. Devemos intervir agora por precaução”, continuou o primeiro-ministro holandês.
Réveillon de Paris cancelado
Na França, as autoridades decidiram cancelar as festas de réveillon da avenida Champs-Élysées. O primeiro-ministro Jean Castex disse na sexta-feira que as grandes festas públicas e eventos com fogos de artifício seriam proibidos na festa de Ano Novo, e recomendou que mesmo pessoas vacinadas se submetam a testes de Covid-19 antes de irem a festas de fim de ano.
Suspeita-se que a variante ômicron seja responsável por 10% das infecções de novos casos de Covid-19 na França. A possibilidade de um boom de infecções por ômicron fez com que o governo implementasse novas medidas de restrição.
No começo de 2022 deve haver um novo passaporte de vacinação, que obrigará as pessoas a mostrar um comprovante para entrar em restaurantes e em viagens de longa distância.
Londres pode ter novas restrições
No Reino Unidolond, houve determinação nas últimas semanas para a volta do uso de máscaras em locais públicos fechados e também do trabalho remoto. Apesar de não ter sido anunciado mais um lockdown até agora, o prefeito da capital, Londres, Sadiq Khan, afirmou em entrevista à rede BBC que novas restrições são inevitáveis.
Khan declarou “estado de grande incidente” no sábado para ajudar os hospitais da capital britânica a lidarem com a alta de casos de Covid-19 causada pela variante ômicron. Na sexta-feira, metade dos casos recém-notificados de Covid-19 em Londres tinham sido causados pela nova cepa.
Para o prefeito, sem a imposição de medidas restritivas, os hospitais da cidade ficarão à beira do colapso. Na sexta-feira, metade dos casos recém-notificados de Covid-19 em Londres tinham sido causados pela nova cepa.
Neste sábado, autoridades de saúde britânicas confirmaram sete mortes no país por infecção com a variante.
Dinamarca poderá fechar cinemas e teatros
A Dinamarca deverá fechar cinemas, teatros e salas de concerto para tentar frear o aumento recorde de casos de Covid-19 provocado pela variante ômicron. O anúncio foi feito na sexta-feira (17) pela primeira-ministra, Mette Frederiksen, mas ainda precisa de aprovação do Parlamento.
O governo também pedirá o fechamento de outros locais que reúnem muitas pessoas, como parques de diversões ou museus. Os bares e restaurantes terão que fechar às 23h00 e não poderão servir bebidas alcoólicas depois das 22h00.
Medidas em cidades italianas
Na Itália, a capital, Roma, está entre as cidades que cancelaram as festas de Ano Novo. Segundo informações da rede norte-americana CNN, a região italiana da Campânia proibiu festas e consumo de álcool em áreas públicas de 23 de dezembro a 1º de janeiro. Veneza também cancelou os concertos ao ar livre e fogos de artifício na véspera de Ano Novo.